GE quer lapidar desempenho de atletas olímpicos com big data

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São Paulo – A análise de dados deve ser um grande aliado para a melhora no desempenho de atletas olímpicos. Um novo software com essa finalidade será lançado pela GE Healthcare durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. O programa usará big data para cuidar da saúde e do rendimento de esportistas.

A solução, chamada de Centricity Practice Solution (CPS), permite que todos os dados médicos dos atletas – desde exames, remédios prescritos, até o número de cirurgias realizadas – sejam armazenados em uma plataforma na nuvem da GE.

“Todas as informações são puramente clínicas e serão capturadas por essa ferramenta, que vai acompanhar o paciente por todo o processo”, explica Paulo Banevicius, diretor de Healthcare IT da GE Healthcare na América Latina, em entrevista para a EXAME.com.

Além de aumentar a velocidade das transações, pois elimina a necessidade de envio de documentos de papel, o CPS permite que os médicos dos comitês olímpicos realizem avaliações evolutivas das condições físicas dos atletas.

“A partir do big data e do analytics, os times de cada país irão aprender como prevenir situações de lesão e, também, pode ser criado um modelo de comportamento de cada um desses pacientes para as próximas Olimpíadas”, diz o diretor da GE Healthcare.

O registro eletrônico dos exames médicos dos atletas será feito na Policlínica, na Barra da Tijuca, e nos ambulatórios da cidade olímpica. Segundo Banevicius, os resultados dos exames serão conectados ao PAX – um recurso que permite que qualquer imagem seja disponibilizada de forma eletrônica – e ao RIS, um sistema de gestão do laboratório de radiologia.

Como a tecnologia foi criada

Apesar de ter sido lançado no Brasil apenas nos Jogos Olímpicos, o CPS foi desenvolvido há mais de uma década. A primeira vez que ele foi utilizado com o fim de auxiliar atletas foi nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos – a solução também foi implantada pela instituição nas Olimpíadas de Inverno de Sochi, em 2014.

De acordo com dados do Comitê Olímpico americano, o sistema ajudou a reduzir o número de cirurgias na equipe feminina do país em 60% ao ano nos últimos quatro anos.

Segundo a GE, o software também ajudou a reduzir a incidência de anemia entre as atletas mulheres dos EUA. Os exames de sangue delas foram todos armazenados pelo software e analisados para a realização de várias abordagens nutricionais.

Esta não é a primeira vez que nuvem e big data são utilizados para melhorar a performance de atletas. Na Copa do Mundo de 2014, a equipe de futebol da Alemanha fez uma parceria com a empresa de TI SAP para criar uma ferramenta que armezenava vários dados de treinamentos e jogos e possibilitava sua análise. O resultado pode ser visto em campo – alguém conseguiu esquecer do 7 x 1 contra o Brasil?

Uso futuro

Agora, com o lançamento do CPS no Brasil, os Comitês de todos os países terão acesso às informações coletadas dentro da Policlínica e dos ambulatórios durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“Como o software já mostrou sua eficiência no mercado americano, nosso objetivo agora é promover a inclusão dele no Brasil”, conta Banevicius. Segundo o diretor, a empresa pretende implementar a solução nos hospitais brasileiros no futuro. “Ela irá colaborar com a qualidade da prestação de serviços no país. Será possível ter total controle dos processos médicos”, finaliza.

Fonte: Exame.com

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