O clima é de arrependimento no Palácio do Planalto com o anúncio apressado do presidente Michel Temer na segunda-feira (5) de abrir mão do próprio sigilo e divulgar seus extratos bancários.
Segundo informação do repórter Nilson Klava, da GloboNews, os governistas consideraram precipitada a reação de Temer, diante da decisão do ministro Luís Roberto Barroso (STF), que determinou a quebra do sigilo do presidente em inquérito que apura suspeita de propina em concessões no porto de Santos,
Há o reconhecimento no núcleo palaciano que isso iria expor Michel Temer de forma desnecessária. Por isso, a estratégia definida pelo círculo mais próximo do presidente é de “empurrar com a barriga” a divulgação dos dados bancários.
“Divulgar os dados bancários do Temer seria expor o presidente num momento em que o governo tenta emplacar a agenda positiva da segurança pública. O foco ficaria todo na quebra do sigilo”, afirmou um líder governista.
Outro ponto que começa a ser questionado pelos aliados mais próximos é o fato de o governo ter anunciado que não entraria com recurso questionando o mérito da decisão do ministro Barroso.
Diante da divisão do governo, a equipe jurídica de Temer já avalia a possibilidade de entrar com recurso. Mas antes vai esperar a resposta de Barroso ao pedido para que Temer tenha acesso à íntegra da decisão.
Fonte: G1