A prorrogação do calendário recomendado para o plantio de milho segunda safra em Goiás foi divulgada em portaria do Ministério da Agricultura nesta terça-feira (13/3). O documento retifica o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura este ano.
A atualização ampliou o período de plantio das cultivares mais precoces (Grupo I) para os solos com teores médios (Tipo 2) e altos (Tipo 3) de argila. A prorrogação foi de um decêndio (10 dias) em relação ao prazo estabelecido anteriormente. Assim, municípios definidos como aptos ao cultivo de milho até 20 de fevereiro, por exemplo, passaram a ter indicação de plantio até 28 de fevereiro. Municípios aptos à semeadura do cereal até 28 de fevereiro tiveram ampliação desse período para 10 de março.
A prorrogação foi solicitada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) ao ministério em função dos atrasos observados na colheita de soja. Além da chegada mais tardia das chuvas na época de plantio, em outubro, os elevados volumes de água registrados nas últimas semanas retardaram a retirada da oleaginosa das lavouras e, consequentemente, a implementação do milho safrinha.
Agora os produtores de Goiás que atrasaram o plantio de milho e não conseguiram realizar a implementação das lavouras dentro da janela recomendada anteriormente pelo ZARC, poderão ter mais segurança em casos de eventuais perdas nas áreas financiadas ou seguradas, já que o cumprimento do Zoneamento é obrigatório para deferimento de sinistros ou renegociações.
“A gente sabe que muitas regiões não conseguiram fazer o plantio na janela ideal e os produtores que têm áreas financiadas precisam cumprir o zoneamento do Mapa. Por isso, nosso pedido foi unicamente para resguardar esses produtores, e não para incentivar o aumento da área plantada, até porque o histórico nos mostra que plantar em março é sempre mais arriscado”, ressalta o presidente da Aprosoja-GO, Bartolomeu Braz Pereira.
“Essa prorrogação mostra o bom relacionamento da nossa entidade junto ao ministério e o respaldo que temos conseguido para solicitar aos órgãos competentes o que for demanda dos produtores de grãos”, completa.