rês homens foram presos, na terça-feira (10), suspeitos de furtar, adulterar e revender combustíveis, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, um caminhoneiro desviava o produto abastecido em uma distribuidora, vendia gasolina, diesel e etanol para o dono de um lava à jato, que armazenava e fazia a revenda com preço abaixo do de mercado aos consumidores.
De acordo com o delegado Webert Leonardo, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), o trio desviava, por dia, entre 100 e 200 litros de combustíveis. O litro da gasolina, por exemplo, era vendido a R$ 2 ao dono do lava à jato, que revendia o produto por R$ 3,50 a consumidores. Por dia, segundo a coporação, o trio chegava a movimentar R$ 3,5 mil.
“A gente recebeu a denúncia de que neste lava à jato estava havendo esta adulteração, já que moradores sentiam um cheiro muito forte de combustível. Ficamos ao longo de 5 meses monitorando e pudemos perceber que o motorista de um caminhão, responsável por pegar o produto na distribuidora e levar aos postos, fazia esta parada para adulterar e lucrar com o desvio do produto”.
“Era um crime que, além de configurar o comércio irregular de combustíveis, representava risco para a região, por manusear o produto, inflamável, sem nenhum tipo de cuidado”, disse o delegado.
O trio foi preso no âmbito da Operação Baptismus, deflagrada pela Decon na tarde de terça-feira. Segundo a corporação, as fraudes ocorriam no Lava à Jato Vitória, que fica na Avenida Juiz de Fora, no Jardim Novo Mundo, a menos de 500 metros de um centro de distribuição de combustíveis.
“O Lava à Jato era o centro das fraudes. O motorista do caminhão para ali, despejava de 100 a 200 litros do combustível em um recipiente. Para suprir a falta do produto no tanque do veículo, adicionavam água e outros produtos químicos. Por conta disto, o produto que era entregue aos postos era, muitas vezes, combustível adulterado”, disse.
No entanto, segundo o delegado, o fato do combustível ser adulterado sem o conhecimento do dono dos postos de combustíveis, é de responsabilidade dos proprietários dos estabelecimentos fazer diariamente o controle de qualidade do produto vendido.
“Muitos consumidores iam até o lava à jato para comprar o produto desviado. Um motorista foi autuado fazendo isso, e pior, levando grandes quantidades do combustível em galões, dentro de um carro de passeio, para poder revender o produto. Além de totalmente ilegal, com grande perigo para a própria vida e a da população”, disse o delegado.
O trio foi autuado em flagrante por comércio ilícito de combustíveis e crime ambiental.
Fonte: G1