Réu no STF, Aécio Neves se diz vítima de ‘ardilosa armação’

Colocado no banco dos réus nesta terça-feira (17) por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou uma nota em que ataca as gravações feitas pelo delator Joesley Batista, sócio da JBS, e a atuação do ex-procurador da República Marcello Miller como “orientador” do empresário. O tucano mineiro se diz vítima de uma “ardilosa armação” e afirma que as denúncias contra ele “foram construídas sobre sucessivas ilegalidades”.

“Estou sendo acusado tendo como base uma ardilosa armação de criminosos confessos, aliados a membros do Ministério Público, que construíram um enredo para aparentar que cometi alguma ilegalidade. Não cometi crime algum”, declara Aécio. O senador diz receber “com serenidade” a decisão dos ministros do STF, “confiante de que, agora, haja espaço para a apresentação e avaliação das provas da defesa”.

Acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça, o tucano classifica a gravação em pede 2 milhões de reais a Joesley como “flagrante armado com o intuito de gerar impressão de crime, já que não há qualquer prova de que crime houve”.

“É preciso ainda esclarecer que a atividade parlamentar não pode ser criminalizada por aqueles que não concordam com opiniões e propostas apresentadas por deputados e senadores. E isso não em meu benefício, e sim em respeito à lei, à democracia”, diz Aécio Neves, especificamente sobre o crime de obstrução.

Com base em gravações da Operação Patmos, a denúncia da PGR aceita pelo STF sustenta que Aécio tentou “embaraçar” e “constranger” as investigações da Operação Lava Jato ao atuar no Congresso em favor dos projetos de anistia ao caixa dois e de abuso de autoridade e no direcionamento de delegados para assumir inquéritos específicos “com a finalidade de beneficiá-lo”.

Além do senador, também se tornaram réus pelo crime de corrupção passiva a irmã dele Andrea Neves, o primo dele Frederico Pacheco de Medeiros e o ex-assessor do senador Zezé Perrella (MDB-MG) Mendherson de Souza Lima.

Fonte: msn.com

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