O ex-senador Demóstenes Torres (PTB) celebrou a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que o liberou para disputar as eleições deste ano. Cassado em 2012 acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que era seu amigo, ele busca novamente uma vaga ao Senado e afirma que os dois não mantêm mais qualquer tipo de contato, justamente para tentar evitar suspeitas sobre a relação.
“[A relação com Cachoeira] é uma coisa do passado. Ficou provado que não tinha qualquer relação com ele a não ser de amizade. Não mantemos mais nenhum contato.
Quando perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar, ficou determinado que Demóstenes ficaria inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito). Porém, por 3 votos a 2, os ministros decidiram que ele poderia disputar o pleito uma vez que as provas que embasaram a sua cassação acabaram anuladas pela Justiça.
Demóstenes, que é procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), se licenciou do cargo no último dia 6 para poder disputar as eleições. O intuito dele é concorrer novamente a uma vaga no Senado.
“Roubaram meu mandato e o desejo é retomá-lo. Eu já esperava essa decisão. Já tinha a liminar, que foi referendada e provida. Ficou latente que a candidatura é viável e agora é tentar viabilizar”, afirma.
O ex-senador afirmou que postula, somente, uma vaga ao Senado. Em seu site, o PTB já oficializou o apoio à pré-candidatura dele. Nas ruas, ele diz que tem recebido um retorno positivo da população em relação à sua volta para a política.
“Eu nunca deixei de andar no meio do público. Sou um cidadão comum com um carro com dois anos de uso e um apartamento financiado. Vou ao açougue, a padaria, ao shopping. O público tem recebido bem. Jamais fui hostilizado porque não apresento desculpas, apresento fatos concretos”, frisa.
Fonte: G1