Estudantes cearenses constroem ponte de macarrão que resiste a 173 quilos

Quatro alunos de Engenharia Civil do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) venceram em outubro uma competição curiosa e ainda desconhecida no estado. É o Campeonato da Ponte de Macarrão. A equipe utilizou 891 gramas do alimento, resina e muita criatividade para fazer uma estrutura que aguentou 173 quilos, batendo o recorde anterior da disputa, que ocorre há 5 anos na Universidade Federal do Ceará (UFC).

“Esse campeonato é feito em todo o mundo para os estudantes da construção civil, e tem como objetivo colocar em prática o que aprendemos em sala de aula. A ponte deve resistir ao máximo de peso possível”, informa David Pereira, uma dos integrantes da MAC 7, equipe vencedora da prova, composta além de David por Ana Lívia, Priscila Karine e Ronney Moreira, que concorreu com mais seis equipes de faculdades.

Para se diferenciar, a equipe optou pelo formato trelissa, que une três triângulos, ao modelo de arco convencional. “Terminamos um dia antes do campeonato. Muita gente achou que não fôssemos conseguir tanto pelo modelo como por acharem que a estrutura não estava fixa o suficiente. Fomos a última a concorrer e, no fim, vencemos”, comemora. O trabalho foi feito no laboratório de Construção do IFCE e demorou duas semanas para ser concluído.

Gerson Melo foi orientador da equipe no desenvolvimento do projeto. “Toda a concepção do modelo foi pensada por eles. O que mais reforcei foi a questão do uso dos materiais, de utilizar apenas o necessário nas partes que mais precisavam, pensando também nas questões de custo”, detalha.
O professor revela que o esforço dos meninos foi grande para realizar o trabalho. “Eles ficavam o dia todo e até tarde da noite no laboratório montando. O que é mais gratificante é perceber que, mesmo o curso sendo novo, e ainda não formamos nem a primeira turma, já está com esse nível de qualidade”, observa.

Para o orientador, a ideia é que a experiência tenha servido de incentivo para seus alunos. “Eles já estão aptos a concorrer além do local, regional e nacional. Têm muita capacidade e, futuramente no mercado, vão se destacar”.

David ressalta ainda a importância da competição para os conhecimentos da turma. “Fazer um projeto desses só reforça as teorias que aprendemos em sala. Se conseguimos fazer isso com um material tão frágil quanto macarrão, já temos a base para montar casas, prédios, porque é o mesmo princípio. É um aprendizado e tanto”, conclui.

Fonte: Uol

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