A madrasta de um bebê de 1 ano e 8 meses foi indiciada por homicídio qualificado por motivo torpe, após a morte da criança em março, em Porto Alegre. Na certidão de óbito, a causa apontou hemorragia e contusão de crânio.
Em depoimento a polícia, o pai e a madrasta da criança relataram que a menina caiu do colchão em que dormia e bateu a cabeça, quando estava na residência do casal, no bairro Glória. A criança foi levada ao hospital convulsionando.
Quando o fato aconteceu, o bebê estava sob os cuidados da madrasta, enquanto o pai trabalhava. De acordo com a delegada Andrea Magno, titular da Delegacia da Criança Vítima do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), o inquérito sobre o caso já foi concluído e remetido à Justiça.
“Os médicos foram ouvidos e disseram que os sintomas que o bebê apresentava eram incompatíveis com a queda relatada por ela [madrasta], que era a única pessoa que estava com a criança no momento do fato, já que o pai estava fora, trabalhando”, afirmou a delegada.
A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da mulher, porém o pedido foi indeferido. O juiz entendeu que não havia risco de fuga ou de prejuízos às investigações. A madrasta não tem antecedentes criminais, tem residência fixa e se comprometeu em não se ausentar durante o processo.
A morte do bebê
A mãe registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia.
O texto informa que a menina teria sido entregue pela mãe para a madrasta na tarde de uma quarta-feira, dia 21 de março, por volta das 18h, para que a criança fosse em uma festa de aniversário da família.
Na madrugada de quinta (22), por volta das 5h30, ela teria recebido uma ligação do pai falando que a filha do casal estava internada no Hospital de Clínicas. Ao chegar no local, a mãe soube que a menina tinha um coágulo de sangue no cérebro.
Ainda segundo o boletim, mais tarde, a mãe teria ficado sabendo, por um médico, que a filha tinha sofrido um trauma na cabeça, que provavelmente teria originado a convulsão e uma parada cardíaca.
Fonte: G1