Cinco dias após a paralisação dos caminhoneiros, a distribuição de gás de cozinha ainda não foi normalizada em Goiás, nesta segunda-feira (4). Os goianos consomem, em média, 1,8 milhão de botijões por mês, segundo o Sindicato da Empresas Revendedoras de Gás do Estado. A expectativa é que o serviço só seja normalizado em uma semana.
O serralheiro Ademir França disse que já passou em seis revendedoras, nesta manhã, e não encontrou botijão de gás.
“Estou desde domingo sem, tendo que cozinhar no carvão. E em nenhum lugar tem previsão de quando vai normalizar”, conta o serralheiro.
A falta de gás também afeta comerciantes. Cozinheira de um restaurante, Alessandra Aparecida de Castro teme prejuízo nas vendas.
“Eu trabalho com estoque de gás. Tinha quatro, mas agora só tenho mais um e está acabando. Ainda não consegui comprar nenhum, estou na lista de espera”, disse Alessandra Aparecida de Castro, cozinheira de um restaurante.
Dono de uma revendedora de gás de cozinha, Lauro Martins da Silva ainda define a situação como “caótica”. “Na sexta-feira chegaram 100 botijões de manhã e 15h já tinha vendido tudo. E não chegou mais. Estou perdendo cerca de 50 vendas por dia”, calcula.
Em outro comércio, o carregamento que chegou também não foi suficiente. “Chegaram 150 botijões e vendemos todos eles no domingo. Vendemos igual água. Agora estamos esperando chegar outro carregamento hoje, mas a demanda está alta, não vai dar para atender todo mundo”, disse o gerente Vandeir Estefano.
Fonte: G1