O cachorro que mordeu o rosto e o pescoço de uma bebê de 1 ano foi levado para o Centro de Zoonoses de Goiânia, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital. O animal deve ficar em observação por dez dias para ver se apresenta algum sintoma de raiva e, depois desse período, pode voltar para a família.
Conforme a SMS, o cão foi recolhido por técnicos da unidade e a ação faz parte do protocolo para animais que agridem pessoas. O padrão é previsto pela equipe de Vigilância da Raiva da unidade. Se for constatado algum problema de saúde, dependendo da gravidade, o cachorro pode ser sacrificado.
Após ser ferida na tarde de terça-feira (19) na casa da avó, a menina foi levada para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Boletim médico da unidade informou que a paciente está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica, tem estado de saúde considerado grave, está sedada e respira com ajuda de aparelhos. A família da garota disse à TV Anhanguera que ela não corre risco de morrer e está estável.
O acidente aconteceu na Vila Maria Luiza, em Goiânia. De acordo com vizinhos, ela estava na casa da avó quando foi atacada. Um dos moradores da região, o operador de máquinas Cícero Carvalho, conta que teve que pular o muro para ajudar. Ao resgatar a menina, ele acabou machucando o braço, mas foi atendido e passa bem.
A assessoria dos bombeiros informou que, após ser atacada, a menina foi levada de carro para o Centro de Assistência Integral à Saúde (Cais) do Jardim Novo Mundo. Ao notarem que a situação da paciente era crítica, os médicos pediram a transferência para o Hugol.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a levou até uma praça do bairro, onde o helicóptero dos bombeiros pousou e a transportou.
O enfermeiro Hildson Lemes disse que a menina chegou em estado bastante crítico. “Ela chegou com uma lesão no pescoço do lado esquerdo e também com mordeduras múltiplas na face, estava bem dilacerada segundo relato das pessoas que socorreram ela. Estava em estado grave, com rebaixamento de nível de consciência”, explicou.
De acordo com o tenente-coronel Fernando Caramaschi, o atendimento rápido foi fundamental para que a criança pudesse ser socorrida com vida e encaminhada para receber socorro especializado.
“As chances seriam reduzidas [se o socorro demorasse]. A criança tinha grandes ferimentos, perdido bastante sangue e suspeita de aspiração de sangue pelo pulmão. Foram realizados procedimentos e o transporte lá do Novo Mundo até aqui na região noroeste, que é uma distância considerável, foi realizado me pouco mais de 3 minutos no nosso helicóptero”
Fonte: G1