Plano Diretor projeta fechar estádio com arquibancada e aumentar capacidade para 41 mil pessoas. Entrega aconteceria em 2027, no centenário do antigo caldeirão vascaíno
Deve levar ainda mais uma década, mas o Vasco deu o primeiro passo no projeto para reformar e modernizar São Januário. Na noite desta terça-feira, a diretoria apresentou o Plano Diretor do estádio, orçado em R$ 208 milhões. A expectativa é finalizar tudo em 2027.
A ideia é aumentar a capacidade para 41.442 pessoas, com a construção de uma arquibancada na parte sul, fechando assim o campo. Também estão previstas a construção de duas torres, que abrigariam estabelecimentos como museu, loja e restaurante, e a criação de 1.400 vagas de estacionamento.
Para custear essas melhorias, o Vasco pretende estabelecer um fundo imobiliário de investimento. A projeção do vice-presidente de Obras e Engenharia do clube, Pedro Seixas, é começar a captar recursos no segundo semestre de 2019.
Boa parte do dinheiro necessário viria também a partir da venda de camarotes. Uma das ideias é deslocar para as sociais os camarotes atuais.
– Tem uma conta que tem uma vantagem para esse projeto: o custo é baixo. O projeto já se viabiliza com a venda de camarotes, mas aí você também tem a torre comercial, estacionamento e outros valores que valorizam. Esse potencial que os fundos viram. O que vai se fazer é remunerar esses fundos através de cotas que se colocam, que será investido no estádio, e que vai ser dada uma remuneração com base nesse valor que você colocou – disse o vice-presidente de Controladoria Adriano Mendes.
CT em Vargem Grande
Seixas apresentou também o projeto de construção de um centro de treinamento em Vargem Grande. Ele revelou que há conversas adiantadas para a cessão de dois terenos, onde será construído o CT.
A estimativa é gastar R$ 40 milhões na construção- desse valor, R$ 18 milhões seriam usados apenas para estabilizar o terreno. A primeira fase da obra só seria entregue em 2021.
O projeto prevê a construção de sete campos, além de alojamentos e escola. A ideia é unir base e profissional num só lugar.
Por Felipe Schmidt — Rio de Janeiro
Foto Felipe Schmidt