Doações de dentes de leite podem ajudar em pesquisas sobre células tronco; saiba como participar

No site, é possível solicitar o envelope para o envio do dente de forma segura.

A campanha “O Endereço da Fada do Dente”, desenvolvida pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), está incentivando doações de dentes de leite e também permanentes para estudo sobre células tronco e inúmeras pesquisas como teste de materiais de restaurações de cáries. A iniciativa busca incentivar nas crianças a cultura da doação de órgãos.

A lenda da Fada do dente vem agora com uma narrativa diferente. Ela tem endereço próprio e recebe correspondências do público mirim que deseja contribuir para a evolução científica. A fada possui um site, onde pode ser solicitado o envelope para o envio do dente de forma segura, além do termo de autorização que deve ser assinado pelos pais ou responsáveis da criança.

De acordo com os especialistas, o dente de leite é muito importante, pois nele está contido a polpa do dente que guarda as células-tronco. De acordo com a professora do curso de Odontologia da Universidade Cruzeiro do Sul, Michele Baffi Diniz, as células-tronco são capazes de se transformar, em condições adequadas, em diversas outras células do corpo (tecidos e órgãos). “Estudos estão sendo realizados e mostram um potencial na regeneração ou reparação de tecidos dentais, construindo um “Biodente”, e também para tecidos não dentais. Assim, células-tronco de polpa de dentes decíduos já foram utilizadas para formar estruturas do pâncreas e músculos”, explica Diniz.

Par quem tem interesse em contribuir com as pesquisas de células-tronco, a fada do dente informa no site que recebe visitas na FOUSP. “Se seu dente estiver quase caindo, venha me visitar aqui na FOUSP: ele também será usado em pesquisas de células-tronco que ajudam a curar doenças!’. Essa visita é necessária porque a manipulação do dente de leite é feita de maneira diferente para preservação da polpa. “O dente pode ser extraído de maneira asséptica por um dentista. De modo seguro, a polpa é enviada ao laboratório onde as células-tronco são processadas e preservadas”, explica a odontologista.

Fonte: Plantão JTI

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