O preço do quilo da carne disparou nos mercados de Rondônia devido ao aumento das exportações para China, Rússia e Emirados Árabes, segundo especialistas. Além disso, o período de estiagem em 2019 deixou o pasto seco, que não engordou o gado e colocou ainda “mais pressão no mercado”.
Segundo Otacílio Moreira de Carvalho, professor de economia da Universidade Federal de Rondônia (Unir), alguns mercados locais elevaram o preço da carne em mais de 20% nas últimas semanas.
“Em Rondônia nós temos algumas situações específicas. O estado é novo e os espaços estão sendo ocupados por várias culturas e isso movimenta o preço de vários produtos, incluindo a carne. Isso reflete nas gôndulas dos supermercados e acaba assustando bastante o consumidor”, diz.
Coxão mole, filé, picanha e contrafilé foram alguns dos cortes que mais subiram de preço.
“O consumidor que pagava R$ 17 no quilo do coxão mole agora está pagando até R$ 28”, afirma.
Em dos mercados pesquisados nesta terça-feira (26), em Porto Velho, o quilo do coxão mole estava sendo vendido ao consumidor por R$ 27,99 (mesmo valor do patinho). Já o quilo da picanha custa R$ 42,99
Dicas para o consumidor economizar
Reduzir, substituir e pesquisar são dicas para o consumidor economizar, segundo o o professor Otacílio Moreira.
“Já vi mercado vendendo o quilo do coxão mole a R$ 29, enquanto outro vendia por R$ 24. Então o segredo é dar uma pesquisada na hora de ir às compras”, aconselha.
O consumidor também pode substituir a carne vermelha por peixe.
“O peixe é característico do nosso consumo e temos o preço estabilizado há muito tempo. No tambaqui sem espinha, por exemplo, o consumidor paga no máximo R$ 18 no quilo. Bem mais barato. O quilo do filé do frango sai a no máximo R$ 12, então não é só fazer esforço e sim uma estratégia para substituir a proteína. É uma estratégia, pois sobrando carne vermelha no mercado, o produtor vai ter que baixar o preço”, diz Otacílio Moreira.
O que diz o Ministério da Agricultura
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse na segunda (25) que os preços ficaram estáveis por muito tempo e que os produtores vivem um momento de euforia, mas que o mercado vai se equilibrar. E que, mesmo sendo um grande exportador, o Brasil poderá importar carne.
Fonte: G1