O Estado de Goiás é o maior produtor de sorgo no Brasil, com 41,8% da produção nacional da cultura. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 11 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e integram o levantamento de projeção da safra 2019. No Estado, a estimativa da produção cresceu 0,6%, devendo a mesma ser superior a 1,0 milhão de toneladas. Em todo o país, a expectativa é de 2,5 milhões de toneladas. Já em relação ao ano anterior, a produção apresenta crescimento de 9,2%, embora a área plantada com esse cereal esteja com redução de 5,5%.
O sorgo é muito cultivado em época de segunda safra nas áreas de Cerrado e, devido sua maior tolerância ao clima, possui uma “janela de plantio” mais estendida que o milho, nesse bioma. Contudo, como em alguns estados a colheita da soja foi antecipada, aumentando a “janela de plantio” para o milho 2ª safra, os produtores deram preferência ao plantio desse cereal, uma vez que apresenta maior liquidez e preço.
Projeção de safra
Em maio, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 234,7 milhões de toneladas, 3,6% superior à safra de 2018 (mais 8,2 milhões de toneladas) e 1,4% acima da divulgada em abril (mais 3,2 milhões de toneladas). Já a estimativa da área a ser colhida foi de 62,6 milhões de hectares, 2,7% maior que a de 2018 (mais 1,7 milhão de hectares) e 0,5% maior do que a do mês anterior (mais 297,5 mil hectares).
O arroz, o milho e a soja representam 92,4% da estimativa da produção e respondem por 87,4% da área a ser colhida. Em relação a 2018, houve aumento de 6,3% na área do milho (declínio de 0,3% no milho de primeira safra e aumento de 9,1% no milho de segunda safra) e de 2,1% na da soja, e queda de 10,3% na área de arroz. Já na produção, ocorreram quedas de 4,5% para a soja e de 11,2% para o arroz, e acréscimo de 15,7% para o milho.
A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição regional: Centro-Oeste (106,2 milhões de toneladas), Sul (77,9 milhões de toneladas), Sudeste (22,1 milhões de toneladas), Nordeste (19,2 milhões de toneladas) e Norte (9,3 milhões de toneladas). Em relação a 2018, ocorreram aumentos de 4,3% na Região Norte, 5,1% na Região Centro-Oeste, 4,5% na Região Sul e de 0,3% na Região Nordeste, e queda de 3,3% na Região Sudeste.
Informações do IBGE
Foto: Wenderson Araujo/Sistema CNA
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