A peste suína africana, que dizimou a população de porcos em quase toda a Ásia continua se espalhando pelo continente, e agora também atinge a Europa. De acordo com um novo relatório do Rabobank, a gravidade na Europa não é tão grande como na China, por exemplo, mas mesmo assim preocupa.
“Enquanto contemplamos o impacto na produção em 2020, é claro que muitos países estarão competindo pelos escassos fornecimentos de carne de porco comercializável. Na Europa, a doença continua em movimento, auxiliada por negligência atividades humanas, ameaçando a produção e potencialmente interrompendo o comércio global”, diz o texto.
Nesse cenário comércio está aumentando entre as espécies, com alta preços testando elasticidade da demanda. As importações de carne suína da China continuaram em níveis fortes, testando a disponibilidade global de suprimentos e aumentando os preços.
“As importações de outras espécies também aumentaram e a disponibilidade suprimentos e preços negociáveis são afetados de maneira geral. Outros países afetados pelo ASF ainda não levantaram suas importações, o que apertará ainda mais a oferta global. Um avanço na guerra comercial EUA-China ajudaria a aumentar disponibilidade para a China, sem afetar o equilíbrio global”, completa.
Para o Rabobank, o gerenciamento da doença deve se tornar o animal global desafio proteico da década de 2020. “Os altos preços da carne suína na China e nas principais regiões exportadoras são criando desafios significativos para clientes e consumidores. Todo o setor perde se preços altos causam consumo gota que se torna permanente”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems