O Brasil abriu os trabalhos de colheita da safra de soja 2019/2020 com áreas precoces no estado do Mato Grosso – maior produtor do País. Já consolidado como o maior exportador global da oleaginosa, o Brasil ao que tudo indica terá o auxílio do clima nessa temporada, uma vez que a previsão do tempo para os próximos dias é de precipitações sobre a maior parte das regiões produtoras.
A situação é diferente apenas no Rio Grande do Sul, que oscila a cada ano entre os três maiores estados produtores de soja do Brasil. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar, o extremo Sul brasileiro tem “déficit hídrico e pouca chuva prevista para as próximas semanas. Preocupa o decorrer da safra, pode ter um ou outro episódio de chuva forte, mas as chuvas não vão ser frequentes”.
De acordo com os mapas climáticos analisados pela Consultoria ARC Mercosul, as últimas atualizações disponíveis trazem a permanência de um padrão chuvoso sobre 80% da área sojicultora brasileira nestes próximos 5 dias: “O destaque fica para o MATOPIBA, que vinha sofrendo com precipitações irregulares e pontuais, sem a generalização das chuvas desde o início desta safra”.
“Entretanto, o padrão meteorológico formado para o começo do próximo ano traz índices pluviométrico entre 45-75mm acumulados até o dia 5 de janeiro. A equipe de meteorologia da ARC afirma que este início de 2020 deverá ser o período mais chuvoso para a atual safra de soja no Centro, Norte e Nordeste do Brasil. O Rio Grande do Sul e o Nordeste da Argentina ainda enfrentam um cenário árido, com temperaturas quentes e precipitações escassas. Clientes da ARC no sul do Rio Grande do Sul já nos alertam sobre estresse hídrico acentuado”, concluem os analistas.
Fonte: agrolink