Um estudo realizado pela Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), nos Estados Unidos, indicou que os inseticidas se tornaram mais tóxicos para as abelhas nos Estados Unidos. O estudo é o primeiro a caracterizar os padrões geográficos de toxicidade por inseticida para as abelhas e revela áreas específicas do país onde os esforços de mitigação e conservação podem ser focados.
Segundo Christina Grozinger, ilustre professora de entomologia e diretora do Centro de Pesquisa de Polinizadores da Penn State, essa toxicidade aumentou durante o mesmo período em que o declínio generalizado nas populações de polinizadores e outros insetos foi documentado. “Os inseticidas são importantes para controlar insetos que danificam as plantações, mas também podem afetar outras espécies de insetos, como abelhas e outros polinizadores, na paisagem circundante”, disse ela.
“É problemático que haja um aumento tão dramático na toxicidade total de inseticidas em um momento em que também há tanta preocupação com o declínio nas populações de insetos polinizadores, que também desempenham um papel muito crítico na produção agrícola”, completou.
Os pesquisadores geraram estimativas separadas para cargas tóxicas baseadas em contato, como quando uma abelha é pulverizada diretamente, e cargas tóxicas por via oral, como quando uma abelha ingere pólen ou néctar de uma planta que foi tratada recentemente. Eles geraram um mapa da carga tóxica de inseticida planejada no nível do condado.
A equipe descobriu que os quilos de inseticidas aplicados diminuíram na maioria dos municípios de 1997 a 2012, enquanto a carga tóxica de abelhas por contato permaneceu relativamente estável. Por outro lado, a carga tóxica de abelhas ingeridas por via oral aumentou nove vezes, em média, nos EUA.