O euro, a moeda única europeia, abriu em forte queda no mercado asiático nesta segunda-feira (dia 29, horário local), abaixo de US$ 1,1, afetada pelo medo de colapso financeiro da Grécia e temor de uma possível saída do país da zona do euro.
A Grécia enfrenta atualmente “uma queda de braço” com os credores de sua dívida (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu). O país precisa fechar um acordo com esses credores para obter ajuda financeira e pagar ao FMI a parcela de 1,6 bilhão de euros, cujo prazo vence em 30 de junho. Para receber essa ajuda, a Grécia deve fazer as reformas econômicas que os credores exigem, como aumento de impostos e cortes na aposentadoria – mudanças que o governo se nega a fazer. Caso não haja acordo, a Grécia entra em situação de calote e pode deixar o euro.
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País pode dar calote e deixar zona do euro
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Na sexta-feira passada, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, surpreendeu os sócios europeus ao convocar um referendo.
Já aprovada no Parlamento, a consulta pedirá à população que decida se o país deve aceitar ou não as reformas exigidas em troca de ajuda financeira.
A data escolhida para o referendo, porém, foi 5 de julho – depois de vencido o prazo para pagar a dívida, em 30 de junho, dia em que também expira o atual programa de resgate financeiro da Grécia.
O país pediu aos ministros de Economia da zona do euro que esse programa fosse ampliado por mais alguns dias, mas esse pedido foi negado.
O medo de que a economia da Grécia entre definitivamente em colapso fez com que muitos gregos, assustados, corressem aos caixas eletrônicos neste fim de semana para retirar seu dinheiro dos bancos. As pessoas temem que haja bloqueios de retiradas.
A corrida aos bancos fez com que Tsipras anunciasse, neste domingo, feriado bancário e controle de capitais na Grécia. A decisão passa a valer a partir desta segunda-feira até o dia 6 de junho.
Mais tarde o governo grego anunciou que na noite de segunda-feira os caixas eletrônicos serão reabertos com o limite diário de saque de 60 euros. Não haverá limite no caso de pagamentos de pensões.
Já os turistas estrangeiros e qualquer pessoa com um cartão de crédito emitido fora da Grécia não serão afetados pelos controles de capitais.
Neste domingo, Tsipras culpou os parceiros europeus e o Banco Central Europeu por forçar a Grécia a tomar essa atitude. Ele acrescentou que não vai voltar atrás em sua decisão de realizar o referendo no próximo domingo.
Fonte: G1