Os criadores de aves da província de Hubei, na China, tiveram que sacrificar milhares de galinhas jovens devido à falta de alimento causada por restrições de transporte em meio ao surto de coronavírus, informou a Reuters em 13 de fevereiro. O governo chinês disse que respondeu vendendo 1,3 milhão de toneladas de milho para empresas de processamento de alimentos nas províncias do sul do país, para garantir o fornecimento de matéria-prima.
Um total de 23 fornecedores de ração no epicentro do coronavírus, na província de Hubei, participou do leilão de milho, de acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC). O novo coronavírus, detectado pela primeira vez em dezembro de 2019 em Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes na província de Hubei, infectou cerca de 64.000 pessoas, com cerca de 1.400 mortes, principalmente na China.
A China também está lidando com um surto muito grave da gripe aviária H5N1 em galinhas na província de Hunan, uma área que faz fronteira com a província onde o coronavírus surgiu, de acordo com o South China Morning Post. Até 1º de fevereiro, as autoridades locais haviam abatido 17.828 aves após o surto de H5NI, segundo comunicado do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China.
Não há relatos de casos humanos da gripe aviária H5N1, segundo o South China Morning Post , e a transmissão da doença para humanos é rara. Apesar de o coronavírus ser menos mortal do que doenças similares identificadas no passado, seu potencial de estrago econômico é muito pior. Segundo estudo da Bain & Company disponibilizado com exclusividade a EXAME, o custo do novo vírus pode ultrapassar US$ 70 bilhões.
Fonte: Agrolink