O mercado brasileiro da soja fechou o mês de fevereiro com uma alta de 5,31%, maior do que a do milho, mesmo com a Bolsa de Chicago com níveis pouco elevados. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, históricos do dólar no Brasil dão sustentação e competitividade aos preços da soja brasileira.
“Eles elevaram-na em aproximadamente R$ 1,00/saca em todo o país, nesta sexta-feira. Por um lado, dão lucro aos agricultores brasileiros e, por outro, mantém o produto brasileiro competitivo frente ao americano e argentino, que sofrem com a elevação do dólar nos mercados internacionais. Os agricultores brasileiros, amadurecidos comercialmente, aproveitam para garantir os relativamente bons lucros que se apresentam, ao redor de 19%, livres de qualquer outra despesa, percentual raramente encontrado em qualquer outro ramo de negócios do mundo”, comenta a consultoria.
Essa competitividade acabou fazendo com que fossem negociadas cerca de 2,0 milhões de toneladas de Origem (Farmers Selling), segundo o que foi registrado pela pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). “O levantamento apontou expressiva alta de 1,15%, nesta sexta-feira, nos preços médios dos portos do Sul do país, elevando-os para R$ 89,86, contra R$ 88,84/saca do dia anterior, aumentando os ganhos do mês para 5,31%. No interior, a média apontou alta de 0,28% para R$ 82,91/saca, colocando o ganho do mês em 3,17%”, completa.
“No Rio Grande do Sul os preços tiveram alta geral de um real/saca para R$ 91,00 no porto, R$ 86,50 em Cruz Alta e Passo Fundo e R$ 86,00 em Ijuí. Os preços pagos aos agricultores ficaram ao redor de R$ 78,00 nas Missões, R$ 81,00 no norte do estado e R$ 79,50 na região central. Em Santa Catarina os preços dos mercados de lotes ficaram ao redor dos excelentes níveis de R$ 87,00 em Campos Novos e Chapecó, permitindo pagar aos agricultores algo ao redor de R$ 81,50 em Chapecó e R$ 80,00 em Campos Novos”, conclui.
Fonte: Agrolink