O professor doutor em Microbiologia, Jadson Moura, montou gráficos da progressão dos casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) em Goiás, São Paulo e no Brasil, com dados do Ministério da Saúde. Ao Jornal Opção, o pesquisador explicou que os gráficos apontam o comportamento atual. “A perspectiva é impossível traçar, pois depende muito do comportamento social”, explica.
De acordo com um estudo divulgado pelo Imperial College London, com uma curva mais chata, a pandemia e as medidas de contenção devem durar um período longo, mas o número de pessoas com sintomas ao mesmo tempo seria menor. Isso evita a sobrecarga dos hospitais.
De acordo com os dados oficiais, o estado de Goiás tem 23 casos confirmados de Covid-19, sendo 12 em Goiânia, 5 em Rio Verde, 2 em Anápolis, 2 em Aparecida de Goiânia, 1 em Jataí e 1 em Catalão. Porém, como o Ministério da Saúde não tem condições de fazer testes diagnósticos em larga escala, o que contradiz as orientações da OMS, os números de casos confirmados em todo o país não correspondem totalmente à realidade.
Veja o comparativo considerando o percentual da população de cada estado e do Brasil:
O que pode ser feito
Os estudos mostram que se as orientações de prevenção forem seguidas, os casos de coronavírus serão menores ao longo do tempo. Se não, eles podem dar um salto em pouco tempo, o que leva o sistema hospitalar a ficar sobrecarregado.
Segundo pesquisa divulgada pelo O Estadão, cada pessoa com o vírus infecta em média outras duas, a progressão acontece da seguinte maneira: o primeiro caso gera mais dois. Estes dois geram mais quatro. Estes quatro geram mais oito. Esses oito geram 16. Esses 16 geram 32. Esses 32 geram 64. Esses 64 geram 128. Esses 128 geram 256…
Por isso, apesar de os dados mostrarem que Goiás está no caminho certo, é impossível prever o que pode acontecer nas próximas semanas, já que o aumento exponencial de casos deve ocorrer neste período e envolve fatores como condutas adotadas pela população, de forma coletiva.
Fonte: Jornal Opção