Dentista é preso suspeito de importunação sexual contra paciente em clínica de Aparecida de Goiânia

Um dentista foi preso por importunação sexual, depois que uma paciente denunciou ter sido abusada durante uma consulta em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A Polícia Civil investiga o caso.

“Ficou fazendo três ou quatro vezes coisas que eu não achava normal. Até ele enfiar a mão dentro da minha blusa e pegar no meu peito”, contou a paciente.

A mulher disse que pediu para o dentista parar e ele respondeu que encerraria a importunação. Assim que ele tiro um aparelho que estava na boca da mulher, ela deixou o consultório.

O nome do dentista não foi divulgado pela polícia. Por isso, o g1 não localizou a defesa para se manifestar. A Polícia Civil informou que ele continua preso até as 10h48 desta sexta-feira (4), pois não cabe fiança para o crime, e o homem aguarda audiência de custódia.

g1 também pediu posicionamento ao Conselho Regional de Odontologia (CRO-GO), nesta sexta-feira (4) por email, enviado às 10h, para saber se algum procedimento disciplinar será tomado e aguarda resposta.

A TV Anhanguera tentou uma posição de representantes da clínica onde o suspeito trabalha por meio de e um e-mail, e aguarda retorno.

A mulher, que preferiu não se identificar, estava fazendo um tratamento de canal numa clínica popular no Setor Garavelo. Na tarde de quinta-feira (3), ela teve uma nova consulta, mas com um dentista que ainda não conhecia. Foi quando o crime teria acontecido.

A mulher chamou o responsável pela clínica e, mesmo muito nervosa, contou o que passou. Logo depois, chamou a polícia.

“Ele pediu desculpa e eu falei que não desculparia, e falei que iria sair de lé e iria numa delegacia fazer uma denúncia contra ele e contra a clínica, que não acreditou em mim”, ressaltou a vítima.

Juntos na mesma viatura

O dentista e a paciente foram levados para a delegacia na mesma viatura, lado a lado. Mas este tipo de condução pela Polícia Militar é considerado ilegal, segundo a defensora pública Gabriela Hamdam.

“Levar a vítima e o suposto autor até a delegacia em uma mesma viatura viola frontalmente a Constituição Federal, o princípio da dignidade da pessoa humana e todos os sistema de leis processuais. A vítima pode ingressar, se quiser, com ação contra o estado”, explicou a defensora.

Sobre o transporte do suspeito e da vítima da importunação sexual na mesma viatura, a TV Anhanguera e o g1 pediram posição para a Polícia Militar por e-mail na noite de quinta-feira (3) e na manhã de sexta-feira (4), por e-mail, às 10h53, e aguarda resposta.

A paciente e o dentista também foram levados na mesmo carro de polícia para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito.

Após o exame, a mulher foi orientada a chamar a patrulha Maria da Penha e, partir daí, teria recebido o atendimento adequado para vítimas de violência sexual. Ela foi conduzida separada do suspeito de volta à delegacia, onde terminou o registro de ocorrência.

“Eu já estava me sentindo muito mal pela situação. A gente nunca imagina que vai no dentista e sai de lá abusada. E de ele estar ali do meu lado, a gente se sente nada, sabe? Se sente impotente, inútil”, declarou a paciente.

Fonte:G1

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