Em relatório enviado a clientes nesta semana, o BTG Pactual listou as onze melhores ações na América Latina. Seis delas são brasileiras (veja a lista completa abaixo). Os papéis escolhidos fazem parte da estratégia de investimentos do banco para a região. Os outros cinco papéis são mexicanos e peruanos.
No documento, o banco diz que as ações brasileiras ganharam um peso maior devido à expectativa de retomada do crescimento da economia. Para os analistas, a aprovação das medidas de ajuste fiscal no Congresso e a votação do impeachment de Dilma Rousseff serão gatilhos para novas altas por aqui.
Veja abaixo os papéis selecionados pelos BTG e os motivos que, segundo o banco, justificam a escolha.
Itaú Unibanco (ITUB4)
De acordo com o BTG, o Itaú Unibanco será um dos maiores beneficiários da retomada econômica brasileira. Com maior fluxo de recursos no país, dizem os analistas, a situação das empresas brasileiras irá “melhorar drasticamente” e as perdas no setor bancário serão menores.
Cosan (CSAN3)
Os papéis da Cosan, segundo o BTG, foram escolhidos pelo fato de a empresa oferecer “uma boa combinação” de alto valor, baixo Capex (despesas de capital) e crescimento do Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Os analistas também ressaltam a possível melhora no cenário interno e externo para produtores de açúcar e etanol.
Localiza (RENT3)
A aposta dos analistas do BTG é a de que a Localiza irá se beneficiar da redução de juros e seu acrescimento deve acompanhar o crescimento do PIB do país. O banco também avalia como “sólidas” as métricas da empresa apresentadas em balanço.
BM&FBovespa (BVMF3)
Mesmo acumulando ganhos desde o início do ano, os papéis da BM&FBovespa ainda têm espaço para crescer, segundo o BTG. A instituição deve se beneficiar com a maior entrada de dinheiro no país. A futura fusão com a Cetip, ressalta o BTG, também deve ter impacto positivo no desempenho das ações.
BR Malls (BRML3)
Para o BTG, a BR Malls será a administradora de shoppings que mais terá benefícios com a redução dos juros e com a desvalorização da moeda estrangeira. Os analistas também ressaltam a resiliência do setor frente a um cenário macroeconômico “desafiador”.
Gerdau (GGBR4)
A escolha da Gerdau, segundo o BTG, se deu pela diversificação de ativos e pela apresentação de um bom plano de desinvestimentos. Os analistas, no entanto, lembraram do envolvimento da empresa na operação Zelotes, que investiga um esquema de sonegação fiscal. Eles dizem que o fluxo de notícias envolvendo a Gerdau continua representando “ventos contrários”, mas que ainda é difícil quantificar quais serão os impactos econômicos disso.
Fonte: Exame