A Polícia Civil (PC) concluiu que um menino de 13 anos matou o pai agiu em legítima defesa em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O delegado Danilo Meneses descreveu que o pai tinha o costume de agredir a companheira e os filhos e, no dia do crime, estava bebendo ‘pinga’ e esfaqueou a mulher durante uma discussão. Em seguida, o homem foi para cima do filho, possivelmente para feri-lo e começou a ameaçá-lo, segundo a PC.
“A companheira já tinha o costume de esconder as facas do marido para evitar esse tipo de situação, mas o adolescente achou uma faca e o pai foi para cima dele com a menção que iria esfaqueá-lo também e o adolescente efetuou um golpe de faca”, disse o delegado.
Como o adolescente e a mãe não tiveram as identidades divulgadas, o g1 não conseguiu contato eles até a última atualização desta reportagem.
O inquérito foi finalizado na última sexta-feira (24), mas o crime aconteceu no dia 26 de janeiro deste ano. Após a facada, com medo, adolescente fugiu e o pai foi até a companheira e disse que o “o filho dele” teria lhe “furado”, segundo a polícia.
“O adolescente chegou a parar outra pessoa na rua para chamar a polícia, uma vez que ele ouviu gritos da mãe e ficou com medo do pai tê-la matado, na verdade a mãe gritou porque assustou quando o marido viu que tinha sido esfaqueado”, explicou o delegado.
Após a facada, o homem foi encaminhado ao hospital, mas morreu na unidade, segundo a polícia. O delegado entendeu que o adolescente agiu como forma de se defender.
“Houve o uso moderado dos meios necessários, foi apenas uma facada, naquelas circunstâncias, a faca era o único meio que ele tinha considerando a inferioridade do porte físico para repelir a agressão do pai que era absurdamente injusta”, pontuou.
A investigação mostrou que a mulher teve um ferimento no braço porque tentou se defender da facada (veja foto acima). Com raiva, o homem deu golpes de faca na bolsa da companheira, segundo a polícia.
O casal estava junto há quase 20 anos e relação era marcada por brigas, xingamentos, agressões, voltas e términos, segundo a polícia. O delegado disse ainda que, mesmo tendo criado e registrado o adolescente, quando bebia, o pai falava ao adolescente que ele não era seu filho.
A Polícia Civil pontuou também que a opinião final sobre o crime fica com o Ministério Público, que lamentou que a situação de violência doméstica tenha chegado a um desfecho tão trágico. O inquérito encaminhado ao Poder Judiciário com sugestão de arquivamento.
Fonte:G1