Novas vítimas denunciaram o professor de natação de 51 anos que é investigado por abusar sexualmente de alunos, em Goiânia. A delegada Caroline Borges, que investiga o caso, explicou que outras duas pessoas procuraram a polícia na quinta-feira (23), inteirando 9 vítimas identificadas até a manhã desta sexta-feira (24).
Como o nome do professor não foi divulgado pela polícia, o g1 não conseguiu solicitar um posicionamento a defesa dele sobre o caso até a última atualização desta reportagem. O nome do clube também não foi divulgado pela corporação, então a reportagem não conseguiu pedir um posicionamento ao estabelecimento.
A polícia explicou que os crimes aconteceram quando as vítimas tinham entre 11 e 16 anos. Até esta sexta-feira (24), somente meninos denunciaram o crime contra o professor que trabalha em um clube localizado na região norte da capital e treina jovens para alta performance.
A delegada ainda explicou que, apesar de as vítimas que denunciaram o crime, não se conhecerem, o relato apresentado pelas vítimas, sobre a forma que o suspeito cometia os crimes, é o mesmo.
“O modus operandi é o mesmo, as vítimas apresentaram um relato muito próximo e contundente. Ele chamava os alunos para ir para a casa dele, oportunizava que eles dormissem na casa dele, dava carona no carro dele, a maneira dele falar e praticar os atos libidinosos”, explicou a delegada.
A delegada explicou que o homem não é contratado direto do clube, utilizando o local apenas para a prática do treinamento com os jovens.
“Ele treina nesse clube, mas ele tem a própria empresa de atletas de alta performance”, disse a delegada.
Na quarta-feira (22), a Polícia Civil realizou mandados de busca e apreensão na casa do professor.
Práticas são antigas
A investigadora conta que os crimes denunciados ocorrem há alguns anos. A última vítima a procurar a delegacia, inclusive, afirmou ter sido abusada pelo homem há mais de um ano.
“Algumas vítimas já são maiores de idade, mas relataram que quando tinha entre 11 e 14 anos foram vítimas do professor, ao qual, praticava atos libidinosos aproveitando da relação de confiança e proximidade com esses alunos”, disse Caroline.
A delegada explica que, apesar de alguns dos crimes relatados já terem acontecido há alguns anos, as vítimas descrevem as situações com riquezas de detalhes. Uma das vítimas, segundo a polícia, tem mais de 30 anos e contou que os crimes teriam acontecido no ano de 2004, quando ela tinha cerca de 16 anos.
Como denunciar?
De acordo com a delegada Caroline Borges, vítimas do crime devem reportar o caso à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que investiga o caso. O contato pode ser feito pelo telefone (62) 3286-1540 ou pessoalmente.
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
Endereço: Rua C-190, esquina com a C-107, Qd. 226, Lt. 13, Jardim América, em Goiânia
Fonte:G1