A corrida pela definição do nome que vai substituir a ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) começa a se afunilar com a proximidade da saída da atual presidente da Suprema Corte. Com pouco mais de dois meses restantes até a saída de Weber, um número variado de candidatos e candidatas começa a surgir nos noticiários.
Apesar de não existir qualquer comprometimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a substituição de Weber por uma outra ministra mulher, ao menos quatro figuras femininas já estariam sendo sondadas pelo petista. É o que informa a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, em um artigo publicado nesta sexta-feira (21).
De acordo com a colunista, os principais nomes na mesa do presidente são o da desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Simone Schreiber, o da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa e das advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.
Desembargadora federal no TRF-2 desde 2014, Schreiber é conhecida no meio jurídico por ter uma atuação garantista, corrente que se caracteriza pela análise de processos sob a perspectiva dos direitos do acusado. O principal representante dessa linha de pensamento na atual composição do STF é o ministro Gilmar Mendes.
Já a ministra Regina Helena Costa, que está prestes a completar 10 anos como integrante do Superior Tribunal de Justiça, angaria simpatia de nomes do STF, como as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber. Antes do STJ, a magistrada atuou entre 2003 e 2013 como desembargadora federal do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
Entre as advogadas cotadas, a mais próxima de Lula é Dora Cavalcanti. Ex-sócia de Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da Justiça do petista e conselheiro para assuntos jurídicos, Dora era quem fazia parte dos atendimentos junto a Lula em casos conduzidos pelo sócio, que morreu em 2014. Rahal, por sua vez, trabalhou com Arnaldo Malheiros Filho, advogado próximo do PT.
O que pesa contra os quatro nomes, porém, seria o fato de que nenhuma delas possui uma relação de proximidade com Lula, algo que o petista já teria deixado claro que é o que deseja em seus escolhidos para a Suprema Corte. Segundo Megale, Lula quer “ter liberdade para telefonar e ter conversas diretas com o nome que indicar para o STF”.
Fonte:Pleno.News