Professora flagrada com garrafas de cerveja na mão após atropelar e matar árbitro é solta e irá para clínica psiquiátrica, diz defesa

A professora Elaine Chagas Cardoso, de 45 anos, acusada de atropelar e matar o árbitro de futebol Edivaldo Marinho, foi solta do presídio de Senador Canedo, onde estava desde o dia do crime. A motorista foi filmada momentos depois do acidente segurando garrafas de cerveja (veja acima). O advogado dela disse que, após a soltura, ela deve se internar em uma clínica psiquiátrica para retomar um tratamento.

Ela deixou o presídio na quarta-feira (23). A Justiça observou que Elaine nunca foi condenada por outro crime, tem transtornos depressivos graves, tem endereço fixo e profissão.

“Agora, vamos aguardar o andamento do processo. Na época do acidente ela estava internada em uma clínica para tratamento psicológico, tomando medicação. Ela, agora, vai para uma outra clínica ficar internada”, disse o advogado Benedito Evaristo Cintra Júnior, que representa Elaine.

Porém, para Elisabeth Catanhede, de 27 anos, filha do árbitro Edivaldo Marinho, a soltura gera uma indignação. “É um sentimento de impunidade, de tristeza. Foi pior que ter matado um animal. A medida que determinou a soltura diz que ela [Elaine] tem que ficar em casa depois das 21h, mas ela matou meu pai era 13h. isso não vai impedir que ela faça isso com mais alguém”, desabafou.

Ainda não há data marcada para a audiência que vai definir se a motorista vai ser julgada ou não por um júri popular.

Acidente

O acidente aconteceu no dia 9 de julho, após Elaine invadir a contramão e bater de frente contra Edivaldo (veja vídeo acima). De acordo com o processo, após o acidente, a professora continuou bebendo no local.

Em depoimento à polícia, Elaine disse que estava indo almoçar com o namorado e que estava internada em uma clínica, mas conseguiu liberação para passar o fim de semana em casa e voltar domingo à noite.

O teste do bafômetro na motorista apontou embriaguez com resultado de 0,79 miligramas por litro de ar expelido.

O árbitro

Amoroso, inteligente e um filho exemplar. Essas foram algumas das características que a filha usou para definir o pai.

“Ele cuidava da minha avó porque ela ficou debilitada de saúde. Domingo antes de ocorrer tudo ele deu banho nela, limpou a casa e foi apitar o jogo para ganhar R$ 80”, contou Elisabeth.

Elisabeth disse que o pai tinha hábitos de vida saudáveis e não se conforma com o jeito que ele morreu.

“Meu pai era uma pessoa excepcional, não existia alguém como ele, era muito de bem com a vida, tranquilo, humilde, alegre, vendia saúde. Todos aqui estão despedaçados, meu pai não merecia morrer. Ele queria envelhecer bem, com saúde, para brincar muito com os netos”, desabafou.

Fonte:G1

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