O Shahed-136, também conhecido como “drone suicida”, foi uma das várias armas empregadas pelos iranianos em um ataque aéreo a Israel no último sábado. Este ataque marca um aumento preocupante nas tensões no Oriente Médio. O drone, que pesa 200 kg, tem 3,5 metros de comprimento, asas triangulares com 2,5 metros de largura e pode alcançar uma velocidade máxima de 185 km/h. Seu valor estimado é de US$ 20 a 40 mil, o que, na cotação atual do dólar no Brasil, ultrapassa R$ 200 mil.
Fabricados também na Rússia para uso na guerra contra a Ucrânia, onde são conhecidos como Geran-2o, os Shahed-136 são apelidados de drones “kamikaze”. Eles têm a capacidade de carregar uma ogiva explosiva e atingir alvos a até 2 mil km de distância. Além disso, podem permanecer nas proximidades do alvo até receberem a ordem para mergulhar e explodir no impacto.
Segundo informações do jornal O Globo, o drone é equipado com um chip de comunicação fabricado pela multinacional americana Analog Devices Inc., localizada em Wilmington, Massachusetts. Este chip pode ser adquirido online através de um distribuidor eletrônico do Reino Unido, sediado em Hong Kong, pelo valor de HK$ 2.649 (cerca de R$ 1.730) e está disponível em mais 11 países asiáticos. O mesmo drone utiliza um microcontrolador da Texas Instruments Inc., com sede em Dallas, que é vendido por HK$ 290 (R$ 189).
Representantes da Texas Instruments e da Analog Devices afirmaram que suas empresas cumprem todas as restrições de exportação dos EUA e exigem que seus distribuidores façam o mesmo. Ambas as empresas realizam várias verificações em pedidos de clientes e tomam medidas se descobrirem desvios ilícitos.
Ao auxiliar aliados a produzir drones em seu próprio território, os parceiros do Irã adquirem tecnologia e empregos. O Irã, por sua vez, mantém um grau de negação sobre como as armas são usadas. Documentos recentemente hackeados e vazados pela Rede Prana revelaram que a Rússia pagou ao Irã US$ 1,16 bilhão (R$ 5,95 bilhões) para fabricar 6 mil drones kamikaze Shahed-136 de alta qualidade até 2025.
FONTE: terrabrasilnoticias