Indígenas barram Lula em evento

Foto: Reprodução/ATL

O movimento indígena está insatisfeito com o governo petista e busca pressionar o presidente Lula a avançar nas políticas públicas de proteção aos povos indígenas. A organização do Acampamento Terra Livre (ATL), um dos principais eventos do movimento em Brasília, decidiu não convidar o presidente para o evento deste ano, diferentemente de 2023.

O movimento tem manifestado insatisfação com o progresso do governo petista em relação às políticas de proteção dos direitos indígenas, especialmente no que diz respeito à demarcação de terras. Das 14 áreas prometidas para demarcação pelo governo federal em seu primeiro ano, apenas 8 foram efetivamente demarcadas.

Em 2023, Lula participou do ATL, onde anunciou as primeiras demarcações de seu governo e defendeu uma posição contrária ao marco temporal. No entanto, desta vez, os organizadores preferem não convidá-lo para o evento, buscando direcionar suas reivindicações diretamente ao Palácio do Planalto, bem como aos presidentes do Senado e da Câmara, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e membros do governo.

O movimento também questiona as políticas implementadas pelo governo, como a operação yanomami em Roraima e a articulação do Executivo no Legislativo. Eles apontam a aprovação do marco temporal no Congresso como um obstáculo para os estudos dos territórios indígenas e criticam a transferência da etapa de declaração das terras indígenas para o Ministério da Justiça.

Tuxá, coordenador da Apib, afirma que o governo sacrificou a pauta indígena no Congresso para avançar em outras questões, como os acordos políticos e as próximas eleições para presidentes da Câmara e do Senado em 2025. Ele expressa preocupação com as implicações dessas movimentações políticas para os povos indígenas.

A bancada ruralista é atualmente uma força dominante no Congresso, com mais de 300 parlamentares, e liderou várias derrotas contra o governo Lula em relação às questões indígenas. O movimento indígena busca maior envolvimento de todo o governo, incluindo do presidente, para defender as pautas indígenas.

FONTE: terrabrasilnoticias

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