A Marinha do Brasil está enviando nesta quarta (8) o NAM Atlântico (Navio-Aeródromo Multipropósito), o maior navio de guerra da América Latina, para ajudar a população do Rio Grande do Sul, que tem sido atingida por fortes temporais desde a semana passada.
O NAM Atlântico, também conhecido como “Atlântico”, foi construído na década de 1990 na Inglaterra e incorporado à Marinha do Brasil em 2018 como Porta-Helicópteros Multipropósito. Em novembro de 2020, foi reclassificado como “Navio-Aeródromo Multipropósito” devido à sua capacidade de operar com aeronaves remotamente pilotadas.
O NAM (Navio-Aeródromo Multipropósito) ‘Atlântico’ Imagem: Divulgação / Marinha do Brasil
Com 203 metros de comprimento, o navio pode acomodar até 806 fuzileiros navais e tem uma velocidade máxima mantida de 18 nós (33 km/h). Seu raio de ação é de 8 mil milhas náuticas (14,8 mil quilômetros).
O convés de voo possui 170 metros de extensão e 32 metros de largura. O NAM Atlântico é um porta-helicópteros capaz de transportar até 18 aeronaves de asa rotativa simultaneamente, incluindo helicópteros pertencentes aos esquadrões da Marinha.
NAM ‘Atlântico’ navegando com o elevador de ré baixado Imagem: Reprodução / Agência Marinha de Notícias / Alexandre Durão
Além disso, o navio possui capacidade para transportar 40 veículos no porão de carga e quatro lanchas de desembarque anfíbio.
O NAM Atlântico abriga o segundo maior complexo médico entre todos os navios da Marinha do Brasil. O centro de saúde inclui raio-x, cirurgia, UTI com dois leitos, sala de trauma, consultórios (incluindo odontológico), laboratório, enfermaria, farmácia completa e outros recursos. O acesso ao elevador de aeronaves de ré permite que ambulâncias cheguem rapidamente ao interior do navio para atendimento médico.
Além de missões humanitárias, auxílio a vítimas de desastres naturais e evacuação de pessoal, o NAM Atlântico é projetado para controle de áreas marítimas e projeção de poder sobre terra, mar e ar.
Em seu histórico de serviço, o navio participou de operações navais em apoio a ações humanitárias no Kosovo, América Central, Serra Leoa, Oriente Médio (Guerra do Iraque), Ásia, Líbia (Operação Unified Protector), Organização do Tratado do Atlântico Norte e ilhas do Caribe (Operação Ruman, ajudando populações afetadas pelo furacão Irma).
FONTE: terrabrasilnoticias