O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (8), que todos os responsáveis pelo 8 de Janeiro serão investigados e punidos e que “ninguém foi ou será preso injustamente”.
O presidente discursou durante evento em memória aos dois anos dos atos criminosos de 8 de Janeiro, no Palácio do Planalto.
“Seremos implacáveis contra quaisquer tentativas de golpe. Os responsáveis pelo 8 de Janeiro serão investigados e punidos. Ninguém foi ou será preso injustamente”, declarou.
O presidente também comentou sobre o suposto plano que visava assassiná-lo, além do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O plano foi revelado em novembro e culminou no indiciamento de 40 pessoas, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo o relatório da Polícia Federal, tinha “pleno conhecimento” da armação.
“Eu escapei da tentativa, junto com o Xandão e o companheiro Alckmin, de um atentado de um bando de irresponsáveis, de um banco de aloprados, que acharam que não precisava deixar a presidência depois do resultado eleitoral e que seria fácil tomar o poder”, afirmou Lula.
O presidente reiterou que todos serão responsabilizados. “Todos pagarão pelos crimes que cometeram. Todos. Inclusive os que planejaram os assassinatos”, disse Lula.
Ainda Estou Aqui
O ato em memória dos dois anos do 8 de Janeiro foi divido em quatro etapas: a entrega de obras de arte danificadas; a revelação da tela “As Mulatas”, de Di Cavalcanti; uma cerimônia com autoridades e um “abraço simbólico” pela democracia.
Durante a cerimônia, o discurso de Lula fez referência ao filme “Ainda Estou Aqui”, que retrata a história de Rubens Paiva – deputado preso e morto pela ditadura militar – e que rendeu, à Fernanda Torres, o prêmio de melhor atriz de drama no Globo de Ouro.
Fonte: CNN