Lewis Hamilton nunca escondeu que seu grande ídolo se chama Ayrton Senna. Das cores no capacete em seu início na Fórmula 1 às dezenas de declarações ao longo dos anos, o britânico da Mercedes sempre fez alusões ao mito brasileiro. A obsessão com Senna é tanta que Lewis ignora até os expressivos números do maior campeão da F-1, Michael Schumacher. Sem se identificar muito com o alemão, dono de sete títulos e 91 vitórias, Hamilton não coloca as façanhas de Schumi como meta. Seu objetivo é repetir os feitos de Ayrton. E pelos números, parece que ele está no caminho certo. Neste ano, o bicampeão mundial tem a chance de repetir e até bater feitos de sua grande referência. Com 39 vitórias na categoria, Hamilton está a duas de igualar Senna, o que pode ocorrer no fim deste mês no GP de Cingapura, que será disputado depois do GP da Itália deste fim de semana. Além disso, líder disparado da temporada, o inglês caminha a passos largos para se tornar tricampeão, mesmo número de títulos do brasileiro:
– As pessoas sempre falar “Ei, você não quer fazer o que Michael Schumacher fez?”. Eu digo “Não, estou focado somente em fazer o que Ayrton fez”. É assim que sempre foi – explica Hamilton em entrevista ao “The Wall Street Journal”, dos Estados Unidos.
Apesar de ser dominante na atual Fórmula 1, que vive a era dos motores híbridos, aparatos aerodinâmicos, e de muitos recursos tecnológicos que ajudam o piloto a guiar, Hamilton também não esconde a sensação de que nasceu na “época errada”. No papo com o jornal americano, o britânico se classificou como “das antigas” e conta que mata a vontade de usar câmbio manual nos carros de rua:
– Eu sou meio que old school. Não gosto de câmbio automático, mesmo que eu corra com ele. Eu gosto de ter o câmbio manual, gosto dos três pedais, curto o efeito “punta-taco”. Assim você tem mais controle – explicou.
Fonte: Ge