Ao todo, o “apagão” contabilizou 26 horas no Estado. Mais que o dobro da segunda colocada
O governador Ronaldo Caiado (DEM) se reuniu com a diretoria técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para tratar da qualidade de energia da Enel, empresa responsável pelo fornecimento em Goiás. O encontro foi realizado na tarde desta quinta-feira, 14, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.
“Tem sido uma reclamação geral no Estado de Goiás, o prejuízo causado pela Enel é imenso, porque as pessoas estão perdendo mercadorias, nos comércios e a população perdendo bens que lutaram para adquirir”, afirmou o governador Caiado.
O diretor a Aneel, Rodrigo Limp disse que o primeiro passo foi dado para que o problema seja resolvido, com a reunião realizada: “Hoje estamos aqui para ouvir, já nos reunimos com o setor produtivo, maior consumidor de energia e sabemos que o serviço está a desejar. Como um órgão regulador, vamos aumentar a fiscalização e cobrar soluções. Devido a esta demanda reprimida, o fornecimento de energia em Goiás é inferior aos demais Estados.”
“A Enel é a pior distribuidora do país. Hoje o apagão em Goiás já somou 26 horas, mais do dobro das outras que estão em segundo lugar, dentre as piores”, frisou o democrata.
Tentando amenizar o caos, a Aneel criou um plano de emergência, já que o maior gargalo da Enel é a precariedade na rede de distribuição. “Uma rede antiga que precisa de investimento. A empresa não pode ser um inibidor para o desenvolvimento de Goiás”, disse o governador, que está preocupado com as oportunidades que o Estado perde sem atrair empresas para cá: “O goiano já está com saudade da Celg.”
Com sede em Roma, a Enel disse que vai deliberar valores para a melhoria do fornecimento. “Eu como brasileiro e goiano, não posso esperar uma decisão que vem de outro país, por isso já fui até Brasília e debati com o presidente do BNDES, Joaquim Levy, meios para investir na energia do Estado”, finalizou Caiado.
A reunião teve a participação de técnicos da Aneel, entre eles o presidente, Rodrigo Limp, secretários de Estado e do senador Vanderlan Cardoso (PP).
Por Leila Amaral