Autor do gol mais rápido da Copa do Mundo, hoje trabalha em cafeteria nos EUA

Destaque de uma Copa do Mundo, maior artilheiro da história de seu país e ídolo de uma das torcidas mais apaixonadas do mundo. O turco Hakan Şükür alcançou esses feitos durante sua carreira encerrada em 2008; 10 anos depois de pendurar as chuteiras, no entanto, hoje está quase que proibido de retornar ao seu país e tem de recomeçar a vida do zero do outro lado do mundo.

A campanha da Turquia na Copa do Mundo de 2002 foi uma das surpresas da competição. Até então sem tradição em Mundiais, alcançou a terceira colocação e teve no atacante um dos principais jogadores.

À época jogando pelo Torino, o atacante ainda faria história ao marcar aos sete segundos de jogo na disputa do terceiro lugar contra a Coreia do Sul, feito jamais alcançado novamente em uma Copa.

Hakan Şükür encerrou sua carreira seis anos após aquele torneio, vestindo a camisa do Galatasaray, onde se tornou uma das figuras mais idolatradas do clube.

Assim que pendurou as chuteiras, no entanto, sua primeira opção não foi o esporte, e sim, a política.

Şükür se associou ao AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), partido do hoje presidente Recep Tayyip Erdoğan, e foi eleito membro do parlamento em 2011.

Dois anos depois da eleição, porém, a situação começou a se complicar. Ligado ao movimento islâmico do clérigo Fethullah Gülen, renunciou ao posto em protesto a suspensão do sistema implantado pelo grupo junto a crianças, se tornando um político independente.

Ainda em 2013 se envolveu em uma polêmica ao dizer durante uma palestra em uma universidade disse que “sou albanês, portanto, não sou turco”, causando controvérsia no país.

O retorno de Şükür ao futebol foi como comentarista de uma TV pública no país, mas os problemas políticos seguiram acontecendo após ser acusado de ter ofendido o presidente Erdoğan no Twitter.

Por causa dos insultos, foi considerado opositor do governo e até por fazer parte de um membro terrorista local.

Sentido-se perseguido pelo presidente, a alternativa encontrada por Şükür foi simplesmente sair do país em um ‘auto-exílio’.

No fim de 2017, viajou até os Estados Unidos e começou uma vida nova e bem diferente da que teve com o futebol: hoje Hakan Şükür é gerente de uma cafeteria em Palo Alto, na Califórnia.

Fonte: msn.com

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