Os avós de Arthur Gabriel da Silva Santos, de apenas 10 meses, lutam para conseguir uma cirurgia para o neto, que tem câncer e precisa retirar um dos olhos, em Goiás. Segundo eles, o procedimento foi negado pela Central de Regulação e eles temem que a criança perca a visão dos dois olhos caso não o faça com urgência.
O pequeno é cuidado pelos avós Isaias Marques de Souza, motorista, e a aposentada Rosileide Barbosa da Silva, que é cadeirante. A família, que vive em Caldas Novas, no sul de Goiás, precisou vir para Goiânia há dois meses, após o menino ser diagnosticado com câncer.
“O diagnóstico deu que era um tumor e que tem que retirar o olho imediatamente, porque ele já perdeu a visão esquerda e está ameaçando a perder a visão direita também se essa cirurgia não for feita com urgência”, disse o avô.
Em nota, a Central de Regulação disse que solicitou um laudo à Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas no dia 9 de novembro e que o município não o apresentou. Com isso, a Central orientou que a família procure a secretaria para verificar os documentos.
Arthur faz tratamento no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia. O bebê fez duas sessões de quimioterapia, mas a equipe médica chegou a conclusão que o tratamento não seria eficiente e recomendou a cirurgia.
“O que pode acontecer é que o tumor pode espalhar na cabeça, inclusive, no outro olhinho. Aí, ele vai ter que fazer a cirurgia para tirar os dois olhinhos e é o que nós não estamos querendo, né. Tem que ficar pelo menos com uma visão”, contou.
A cirurgia para retirar o olho esquerdo chegou a ser marcada para o último dia 15, mas, segundo a família, eles foram informados pela Central de Regulação que faltavam exames e, por isso, o procedimento não foi feito. O avô alega que todos os exames já foram feitos.
“Fez todos os exames. Ele ficou internado no Araújo Jorge, fez todos os exames, fez duas ultrassons, ressonância, está tudo arrumadinho para fazer a cirurgia, só está faltando a Regulação liberar”, disse.
Segundo Isaias, o caso de Arthur é uma corrida contra o tempo.
“A gente aqui, eu e a avó, estamos desesperados, porque a gente não tem voz para falar com essas pessoas de Goiânia, da Regulação, e a nossa única esperança é a imprensa”, disse o avô.
Fonte:G1