Com pouco mais de 1 ano de vida, Helena Cristina está enfrentando uma intubação e internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Pai dela, Hugo Cristiano Penno da Silva contou que a filha teve uma reação a um medicamento que tomou para tratar convulsões e ficou com 72% do corpo coberto por queimaduras.
Na noite de quarta-feira (15), Helena foi levada para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Antes, ela estava internada em uma unidade de saúde em Anápolis, a 55 km da capital, onde a família mora.
O Hugol informou, por meio de nota enviada na manhã desta quinta-feira (16), que a paciente “encontra-se na UTI da unidade, com o estado geral grave e respirando com a ajuda de aparelhos”.
“Decidiram intubá-la para ela não sofrer tanto, estão tratando. Como ela vinha tomando anticonvulsivos e parou estão olhando esse lado neurológico também. Ela vai ter uma consulta com um cirurgião sobre as queimaduras, que vai fazer uma avaliação, e deve passar por mais uma raspagem”, relatou o pai.
O nome e o laboratório do medicamento não foram divulgados, por isso a reportagem não conseguiu pedir uma posição sobre a reação.
Hugo contou como é difícil ver a filha na situação atual, mas que tem muita esperança na recuperação dela, que está sendo bem cuidada.
“Não tem como não se preocupar, ver tua filha brincando, interagindo contigo e de repente nessa situação. Mas está sendo bem atendida. Esperança a gente sempre tem”, completou.
TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO
O pai contou que Helena começou a apresentar convulsões aos 5 meses de vida. Por causa da condição, ela foi avaliada por diversos neurologistas até que começou a tomar anticonvulsivos.
A estratégia adotada pela médica, de acordo com Hugo, foi dar três remédios inicialmente e fazer a retirada gradativa.
“Quando ela estava tomando só um, um encefalograma apontou um tipo diferente de descarga e a médica prescreveu outro medicamento. Ela tomou só durante três semanas e depois começou a apresentar essa reação”, contou.
No entanto, até que as reações fossem ligadas ao efeito do medicamento, os pais tiveram que passar por uma peregrinação por hospitais anapolinos.
“Primeiro fomos a UPA, ela estava com febre e o médico disse que era uma virose. No outro dia voltamos, a febre não passava e ela começou a ficar vermelha. Fomos a outro Cais e a diagnosticaram com rosácea”, disse o pai.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Anápolis informou que os procedimentos adotados “durante as duas consultas da paciente, nos dias 3 e 4 de setembro, seguem corretamente os protocolos adotados pela unidade”.
Após isso, a menina foi receitada com antibióticos, mas os problemas continuaram. Segundo Hugo, na última sexta-feira (10), ela começou a soltar a pele do rosto e aparecer bolhas pelo corpo. Foi quando os médicos conseguiram diagnosticar a situação como reação à medicação.
Fonte:G1