A cabeleireira Jandalira Maria Edivigens de Novaes, de 49 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro Nerislei Alves da Silva, segundo denunciou a família da mulher, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Irmã dela, a técnica de enfermagem Eleni Maria de Novaes disse que a mulher estava em um almoço de família quando foi morta com mais de dez facadas.
“Uma covardia brutal o que ele fez com a minha irmã. Todos nós estamos muito abalados. A minha irmã não merecia. Uma pessoa cheia de sonhos, trabalhadora, dedicada”, lamentou Eleni Maria de Novaes, irmã da vítima.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com a defesa do suspeito para que se posicione.
O crime aconteceu por volta das 17h de domingo (19), no Bairro Jardim Ipanema. Eleni disse que Jandalira estava na casa de parentes almoçando quando recebeu uma ligação do ex dizendo que estava no portão e queria conversar com ela.
“Minha outra irmã pediu para que ele conversasse com ela em paz e ele disse que sim. Ele pegou a neném [filha do ex-casal] nos braços e a neném o estranhou e ele devolveu para minha irmã. Nisso, quando minha irmã deixou a bebê dentro e voltou, ela já ouviu os gritos de socorro. Ele já tinha golpeado ela com faca”, disse.
Jandalira foi esfaqueada no queixo, tórax, abdômen e braço e chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa).
Segundo o hospital, a paciente deu entrada por volta das 18h, em estado gravíssimo, com múltiplos ferimentos por arma branca. Após várias manobras para tentar a estabilização de seu quadro clínico por parte da equipe médica e multiprofissional da unidade, o óbito da paciente foi declarado às 18h40.
A família contou que o ex-casal teve um relacionamento de união estável, por três anos, e tem uma filha de 1 ano e 11 meses. A menina foi tirada do colo da mãe minutos antes de ela ser assassinada. Segundo a irmã da vítima, a filha já está sentindo a falta da mãe.
“O que mais me preocupa é a neném, a falta que ela já está sentindo do calor da mãe”, lamentou.
Eleni conta ainda que o suspeito já tinha histórico de ser agressivo e que Jandalira tinha uma medida protetiva contra ele.
“Durante esses três anos que eles ficaram juntos, ela viveu em cárcere privado e sofrendo ameaças. Ele falava para ela que, se ela fugisse ou chamasse a polícia, ele ia matá-la”, contou.
Depois de matar a mulher, a família diz que Nerislei fugiu de moto. A Polícia Civil começou a investigar o caso nesta segunda-feira (20), mas disse que não tinha informações concretas para divulgar no momento. Até as 17h desta segunda-feira (20), ninguém tinha sido preso.
A família espera que a justiça seja feita e que o criminoso pague pelo que ele fez.
“O que eu desejo do fundo do meu coração é que a justiça seja feita para que esse homem seja preso e pague pelo crime que ele cometeu”, disse a irmã.
Fonte:G1