Quinze dias após ser baleado, o cantor Agnaldo Moraes deixou nesta quarta-feira (22) o hospital em que estava internado, em Jataí, região sudoeste de Goiás. Sertanejo que fazia dupla com o artista, Moracito disse que o amigo está “bem e conversando”.
Agnaldo Moraes foi atingido por quatro tiros efetuados pela ex-mulher, em frente à casa dos pais dele, no último dia 7 de janeiro. Após 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas Dr. Serafim de Carvalho, o artista foi levado para um quarto no sábado (18) e ficou sob observação médica até esta quarta-feira.
A mulher suspeita de ter atirado contra o cantor sertanejo se apresentou espontaneamente à Polícia Civil no dia 8 de janeiro. Lilian de Castro, de 40 anos, já foi casada com o artista e confessou, em depoimento, ter efetuado quatro disparos contra o ex-marido.
Segundo o delegado encarregado do caso, Agnaldo Coelho, a mulher foi liberada após o depoimento, pois não estava em situação de flagrante. Na delegacia, ela disse ter atirado quatro vezes, sendo que duas balas atingiram o cantor.
A arma, segundo o delegado, pertence a um cliente do atual marido dela, que é advogado. A mulher não soube dizer quem é o proprietário do revólver.
Motivo do crime
Ao delegado, a mulher explicou ter encontrado a vítima por acaso e ficou com medo de o cantor reagir mal por causa de uma denúncia que ela fez contra ele na polícia. Trata-se de uma processo por abuso sexual, ainda em tramitação na Justiça.
“Ela alegou ter encontrado com a vítima ocasionalmente na rua e, segundo ela, por conta de uma denúncia que ela fez contra ele na polícia, ficou com medo de que ele fizesse algo de mal e acabou atirando contra o ex-companheiro”, esclarece o delegado.
Segundo o delegado responsável pela investigação, o cantor tem passagens na polícia por corrupção de menores e estupro de vulnerável.
Advogado do cantor, Reinaldo Fernandes ponderou que o cliente é réu nos casos citados pelo delegado, mas não foi condenado em nenhum deles. Ainda de acordo com o defensor, há indícios de que as denúncias sejam “caluniosas” e que Moraes “nega veementemente a prática”.
Fonte: G1