Era 4 de abril de 2014 quando o menino Bernardo Boldrini, então com 11 anos de idade, foi visto pela última vez. Ele morava em Três Passos, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, com o pai, a madrasta e meia-irmã mais nova.
Dez dias depois, o corpo do garoto foi encontrado envolto em um saco plástico e enterrado em um buraco na área rural de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da sua cidade natal. O caso comoveu o Brasil, mas na esfera judicial ainda não há um desfecho.
Quatro pessoas foram acusadas de homicídio triplamente qualificado e serão julgados pelo Tribunal de Júri: o médico cirurgião Leandro Boldrini, 42 anos, pai da criança; a madrasta Graciele Ugulini, 40 anos; a amiga dela Edelvânia Wirganovicz, 44, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, 35. A data do julgamento, porém, ainda não foi marcada.
O processo é extenso – são 39 volumes e 8.190 páginas. Mais de 50 testemunhas foram ouvidas no período.
Os jurados decidirão se os réus são culpados ou inocentes dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Boldrini e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia) e duplamente qualificado (Evandro), além de ocultação de cadáver. Boldrini também responderá por falsidade ideológica.
Fonte: G1