“Elisa, la primera italiana en probar una vacuna cuya producción sería financiada por Bill Gates para todo el mundo si funciona”, reportagem de Ángel Gómez Fuentes, do jornal espanhol “ABC”, conta a história da cientista italiana Elisa Granato, de 32 anos. Formada em Biologia pela Universidade de Munique, a pesquisadora nas áreas de zoologia e microbiologia na Universidade de Oxford “submeteu-se a uma vacina experimental” — contra o coronavírus — “produzida pelo prestigioso Instituto Jenner da Universidade de Oxford e pelo Irbm Science Park, uma sociedade italiana fundada em 2009 em Pomezia (Lazio), que opera no setor de biotecnologia molecular e de ciências biomédicas”.
Antes de Elisa Granato, outra pessoa havia se submetido à vacina — repita-se: em fase de testes — desenvolvida na Inglaterra. A cientista tomou a primeira injeção na quinta-feira, 23 — com transmissão pela BBC. “Sou uma cientista e queria apoiar um projeto científico. Pessoalmente, tenho um certo grau de confiança nesta vacina”, disse a italiana.
Instada a apresentar explicações sobre a vacina, Elisa Granato disse: “A vacina não contém Covid-19 em absoluto. Só há uma pequena parte insertada em um vírus diferente e não danoso. Isto evita que se propague, mas potencialmente pode ativar o sistema imunológico e assim proteger-nos da Covid-19. Não serei infectada intencionalmente com o coronavírus. O estudo se dirige à produção de anticorpos e à proteção imunológica do mundo real nos próximos meses”.
Depois de tomar a vacina, Elisa Granato disse: “Estou muito bem, até agora. Toda a equipe [de pesquisadores] está fazendo um excelente trabalho de controle e apoio”.
Certa feita, no século 19, a imprensa americana anunciou a morte de Mark Twain, que, porém, estava vivíssimo. Bem-humorado, comentou: “Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas”. No sábado, 25, divulgaram na internet que Elisa Granato havia morrido, por causa da vacina experimental. A cientista não reagiu como o escritor americano, mas desmentiu logo a notícia. Como? Mostrando-se. A pesquisadora escreveu no Twitter: “Queria agradecer a todos pelas mensagens positivas que que estou recebendo. Não posso responder a todos, mas asseguro que apreciei muito o que escreveram. Estou recebendo toneladas de perguntas sobre a experiência” (de ter tomado a vacina). Ela sugeriu que ninguém compartilhasse a notícia sobre sua “morte” — uma fake news.