Satélite Tess, lançado em abril de 2018, encontrou dois ‘sub-netunos’ e uma versão um pouco maior do que a Terra, com solo rochoso.
O satélite Tess, o “caçador de planetas” da agência espacial americana (Nasa), encontrou três novos planetas que estão entre os menores detectados fora do Sistema Solar. A descoberta foi publicada nesta segunda-feira (29) pela revista “Nature Astronomy”.
O Tess (Transiting Exoplanet Survey Satellite, em inglês) foi desenvolvido pela Nasa em colaboração com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele observará uma área 20 vezes maior que o seu antecessor, o satélite Kepler. Segundo estimativas da missão, 20 mil novos exoplanetas – termo usado para os que estão fora do Sistema Solar – serão conhecidos e acompanhados por telescópios da Terra.
As novas descobertas mostram mundos com características parecidas com os encontrados no Sistema Solar.
Um dos três exoplanetas é como a Terra, um pouco maior e com uma superfície rochosa, e foi chamado de planeta b. Os outros dois, os planetas c e d, são gasosos e parecidos com Netuno, mas com cerca de metade do tamanho. Eles estão localizados a 73 anos-luz de distância.
Sistema ‘TOI-2070’
O novo trio está no sistema que recebeu o nome “TOI-2070”. Planetas b, c e d têm aproximadamente o mesmo tamanho e, de acordo com os astrônomos do estudo, podem ser um “elo perdido” na formação de planetas, já que têm características da Terra e de Netuno. Eles orbitam uma estrela com erupções frequentes e com tempestades como o Sol.
Inicialmente, a descoberta do TOI-270 pelos cientistas causou uma expectativa grande, já que os planetas estão em uma zona com temperatura habitável, com chance de suportar água.
A descoberta de uma atmosfera muito espessa, com a criação de um forte efeito estufa, acabou desanimando a equipe. Há, ainda, a esperança de fazer novas descobertas mais “habitáveis”.
“O TOI-270 é uma verdadeira Disneylândia para a ciência de exoplanetas e um dos principais sistemas já descobertos pelo Tess”, diz Maximilian Günther, do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT.
Por G1