Como se prevenir do mosquito Aedes aegypti neste verão

O ano de 2019 foi o segundo com maior número de ocorrências de dengue no país, com mais de 1,5 milhão de notificações de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados só ficam atrás de 2015 com 1,7 milhão de casos da doença. Por isso, a BASF reuniu uma série de dicas importantes para prevenir as doenças transmitidas pelo inseto, o especialista Jeferson de Andrade faz os alertas sobre o mosquito A. aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

-O mosquito A. aegypti não põe ovos apenas em água limpa

A fêmea do mosquito põe seus ovos em água, preferencialmente limpa. No entanto, existem casos reportados, ainda que raros, de larvas em águas sujas ou poluídas.  Os ovos podem ficar ativos por um período de até um ano, à espera de água para eclodir. Por esse motivo, os cuidados devem ser constantes.

-Os criadouros nem sempre estão em locais sombreados

Mesmo que busquem preferencialmente lugares protegidos e sombreados, os insetos também são encontrados em recipientes com água parcial ou totalmente expostos ao sol. As larvas fogem do sol, mas este não é um fator que impede o seu desenvolvimento.

-Os recipientes considerados criadouros podem ter qualquer tamanho Nem sempre os criadouros se formam em pequenos e médios recipientes, o mosquito A. Aegypti pode por seus ovos em qualquer concentração de água. Vale ressaltar que qualquer tipo de recipiente pode se tornar criadouro se não houver o hábito de organização e limpeza no entorno do domicílio, para evitar o desenvolvimento das larvas.

-Um recipiente é considerado criadouro quando pode conter água por cerca de 7 dias

Há recipientes que não têm capacidade para reter água por vários dias e, portanto, não são um risco. Mas se a chuva frequente os mantêm cheios, pode ser um recipiente de risco que necessita ser eliminado.

-Uma piscina pode ser um criadouro potencial

Se a piscina não é usada, é preciso esvaziá-la. Caso acumule água depois da chuva, ela deve ser tratada com cloro, observando a dosagem correta, para eliminar as possíveis larvas geradas.

-O controle do mosquito também deve continuar no inverno

É certo que as baixas temperaturas reduzem o aparecimento de mosquitos porque  tornam os ciclos biológicos mais longos, ou seja, demora mais para o mosquito atingir a fase adulta. Além disso, a menor incidência de chuvas também reduz o aparecimento de possíveis criadouros e a reprodução dos mesmos. No entanto, os ovos podem sobreviver durante o inverno e continuar seu desenvolvimento na primavera.

-Só aplicar inseticida não é suficiente

Um programa de controle do mosquito A. aegypti requer um trabalho conjunto de toda a sociedade. Não há inseticida ou larvicida que, por si só e de forma isolada, possibilite resolver um tema tão complexo. Todos nós fazemos parte da solução. Os inseticidas são uma das ferramentas deste trabalho.

De acordo com Jeferson de Andrade, pesquisador de desenvolvimento de produto e mercado da BASF, o conhecimento é o maior aliado na prevenção das doenças e no controle do vetor. “Para um controle eficaz do mosquito é essencial conscientizar a população através de medidas simples, como usar telas nas portas e janelas, colocar areia nos vasos de plantas, manter sempre a residência livre de entulhos e outros possíveis locais de criadouros de larvas e colaborar com os agentes de saúde pública para proteger toda casa contra o mosquito. Além disso, empresas especializadas no controle de pragas urbanas também podem ser acionadas para aplicação de inseticidas e outras técnicas de controle em áreas com maior incidência de casos”, finaliza Jeferson.

Fonte: Agrolink

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