Ex-presidente da Associação do Combate ao Câncer de Goiás foi sentenciada a 61 anos de prisão
A juíza Suelenita Soares Correia condenou a ex-presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), Criseide Castro Dourado, a 61 anos de prisão por desvio dos recursos públicos da associação responsável pelo Hospital Araújo Jorge.
Além dela, outras nove pessoas foram condenadas pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro. Os condenados deverão também a reparar os danos causados no valor de R$ 1.015.884,22 (valor pode ser corrigido).
Os crimes foram investigados pela Operação Biópsia, iniciada em fevereiro de 2012 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco) do Ministério Público de Goiás. A operação constatou que os desvios eram feitos através de prestações de serviços de consultorias e assessorias falsas. Além disso, apurou-se que foram pagas notas fiscais da compra de um medicamento contra a leucemia e outros tipos de câncer e de soros fisiológicos que nunca chegaram ao hospital.
Os sentenciados poderão responder ao processo em liberdade. Confira a lista completa:
Criseide Castro Dourado – ex-presidente da ACCG;
Clécio Paulo Carneiro – ex-tesoureiro da ACCG;
Antônio Afonso Ferreira – ex-gerente financeiro da ACCG;
Amarildo Cunha Brito – ex-supervisor administrativo do Hospital Araújo Jorge;
Marcelo Rodrigues Gomes – administrador da empresa Assismed Comércio de Medicamentos e Serviços Ltda ME;
Leonardo Souza Rezende – sócio da empresa Vidafarma Distribuidora de Medicamentos Ltda;
Rafael José Lemos Filho – sócio da empresa Lemos Comércio, Representação e Consultoria de Materiais Médicos Hospitalares Ltda – Engemed;
Milton Lopes de Souza – sócio da empresa Milton Lopes de Souza ME – ML Administração Hospitalar;
Paulo Rassi, ex-secretário municipal de Saúde de Goiânia;
Alessandro Leonardo Alvares Magalhães – ex-assessor de Paulo Rassi.
Por meio de nota, a Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), informou que “à época, adotou as providências legais e estatutárias contra parte das pessoas envolvidas na denominada Operação Biópsia, que com ela mantinham vínculo. Desde então, nenhuma dessas pessoas possui qualquer vínculo com a instituição.”
Do Mais Goiás – Artur Dias