O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), afirmou nesta quinta-feira (17) que a presidente Dilma Rousseff conversará “diretamente” com parlamentares da base aliada para fazer um trabalho de articulação política.
Segundo Delcídio, as conversas entre Dilma e parlamentares terão a participação de ministros mais próximos da presidente. O senador citou que os ministros Jaques Wagner (Defesa), Ricardo Berzoini (Comunicações), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Katia Abreu (Agricultura) devem participar do trabalho de articulação política com o Congresso.
Durante entrevista com jornalistas, Delcídio foi questionado sobre se a presidente faria, ela mesma, um trabalho de articulação política com o Congresso Nacional. “A presidenta está muito empenhada. Ela vai conversar com alguns parlamentares, sim, diretamente”, afirmou.
Segundo o líder do governo no Senado, as conversas de Dilma com os parlamentares terão a intenção de ter uma base “firme e confiável” nas votações no Congresso Nacional e para vencer resistência inclusive de parlamentares do próprio PT.
“É uma conversa política, para ter uma base consistente, uma base do governo confiável. O que a gente não pode é encarar votações em que […] alguns parlamentares votam de um jeito, outros votam de outro. O governo está preocupado em ter base firme e confiável”, disse.
“Vários deles [ministros] estão se desdobrando nesse diálogo com os parlamentares. Tem que conversar, olhar no olho, ouvir as opiniões deles, avaliar expectativa deles com relação ao governo”, complementou Delcídio.
Nos últimos dias, após o governo federal anunciar um pacote de medidas de corte de gastos e criação de novas receitas para reequilibrar as contas públicas, parlamentares da base aliada disseram a Dilma que será difícil aprovar a criação de novos impostos, como a CPMF.
CPMF
Delcídio afirmou que ainda “não foi amarrado” pelo governo o período de duração da nova CPMF e defendeu que é necessário aguarda a chegada da proposta ao Congresso para discutir mudanças.
“Você imagina sentar em mesa de negociação com Congresso já admitindo que tem plano B, plano C, plano D”, apontou.
Segundo ele, a proposta de duração de quatro anos do tributo citada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na última segunda ainda está em análise pelo governo. “O ministro Levy está no jogo dele. Quanto mais tempo, melhor, que arrecada mais tempo”, disse.
Fonte: G1