O dólar opera novamente em alta nesta quinta-feira (18), voltando a superar o patamar de R$ 5,30, após decisão do Copom de reduzir taxa básica de juros de 3% para 2,25%, como o esperado pelos mercados, e de olho no noticiário político local após a prisão Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.
Às 9h31, a moeda norte-americana subia 1,05%, vendida a R$ 5,3160. Na máxima até o momento, bateu R$ 5,3440. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em alta 0,46%, a R$ 5,2607, engatando a sexta alta consecutiva. No mês, o dólar ainda acumula queda, de 1,42%. No ano, a alta é de 31,20%.
Cenário local
No noticiário local, o destaque desta quinta-feira é a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. O policial aposentado foi detido em um imóvel do advogado do parlamentar e da família Bolsonaro, em Atibaia (SP), em um desdobramento da investigação sobre ‘rachadinhas’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Na agenda de indicadores, o Banco Central mostrou que o nível de atividade da economia brasileira registrou retração de 9,73% em abril, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto). Trata-se da maior queda desde 2003.
Na véspera, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 3% para 2,25% ao ano. Esta foi a oitava redução consecutiva. A decisão foi unânime. O corte renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.
O corte de 0,75 ponto percentual na Selic veio dentro do esperado pelo mercado financeiro e a avaliação de economistas ouvidos pelo G1 é de que o BC deixou a porta aberta para um novo corte nos juros à frente, ainda que tenha considerado a última redução “compatível” com os impactos econômicos da pandemia de Covid-19.
Nos últimos meses, o cenário de juros baixos no Brasil tem colaborado para alta da moeda norte-americana, uma vez que reduz os rendimentos de ativos locais atrelados à Selic, afastando o investimento estrangeiro.