Economia do Brasil cresce 2% e inflação fica nos 3,5% este ano

A consultora BMI Research antevê um crescimento de 2% para a economia brasileira este ano, acelerando a recuperação de 2017, quando o Produto Interno Bruto se expandiu 0,8%, depois de dois anos de recessão. “A economia brasileira vai ganhar fôlego em 2018; prevemos que o PIB do país cresça 2% em 2018, acelerando face aos 0,8% estimados para o ano passado, que se seguem a uma contração de 3,6% em 2016”, escrevem os analistas desta consultora do grupo da agência de notação financeira Fitch.

Na análise ao momento da economia do Brasil, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas sublinham que os consumidores “serão o alicerce da recuperação econômica”, apontando para uma recuperação do consumo privado em 1,9% este ano, significativamente acima dos anos anteriores.

O mercado laboral da maior economia da América Latina também “mostrou sinais de melhoria nos últimos meses de 2017, oferecendo um valioso suporte à recuperação da economia, que foi alicerçada no consumo”. A taxa de desemprego caiu para 12% em novembro do ano passado, o que compara com os 13,7% de março desse ano, e a taxa de criação líquida de emprego manteve-se sempre positiva em 2017, à exceção de três meses.

“Esperamos que esta tendência se mantenha nos próximos meses, principalmente por causa da recuperação nas exportações e na atividade económica em geral”, escrevem os analistas, que esperam que a taxa de desemprego caia para 10% no final deste ano.

Já a inflação “está em mínimos de anos e deverá manter-se contida nos próximos trimestres, apoiando ainda mais o poder de compra das famílias”. Em dezembro, os preços registaram uma subida de 2,95%, ligeiramente acima dos 2,2% registados em abril, o nível mais baixo desde o princípio de 2009, mas ainda assim uma significativa melhoria face aos 8,8% registados durante a média de 2016.

“Prevemos que a inflação aumente, mas que se mantenha controlada, atingindo uma média de 3,5% em 2018 e termine o ano nos 3,9%”, essencialmente por três razões: os preços dos bens alimentares devem aumentar para o final do ano, os custos dos transportes devem subir e a própria recuperação econômica deve colocar pressão nos preços de 2018 em diante, concluem os analistas.

Fonte: http://observador.pt

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