Um estudante de medicina de 29 anos foi preso pela Polícia Federal (PF) suspeito de furtar medicamentos do Hospital das Clínicas, em Goiânia. Com ele, os policiais apreenderam fentanil e morfina, analgésicos de extrema potência no organismo, e narcan, remédio usado para cortar o efeito dos analgésicos. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás informou que afastou o aluno, que está no 4º ano, das atividades acadêmicas.
O advogado Rachides Neres da Silva, que defende o estudante na Justiça Federal, disse que o aluno negou o crime e que não existem provas no processo de que ele foi flagrado com medicamento furtado. “Por enquanto, ele não retorna ao Hospital das Clínicas até eu conseguir decisão judicial para autorizar a retomada normal das atividades”, esclareceu o advogado.
A prisão ocorreu na sexta-feira passada (26), mas o caso foi divulgado apenas nesta semana. O estudante foi solto da prisão por decisão judicial no dia seguinte.
De acordo com a investigação da PF, servidores da farmácia do Hospital das Clínicas disseram que os medicamentos começaram a sumir no dia 12 deste mês, na época em que o estudante passou a acompanhar a rotina deles.
Como os medicamentos continuavam sumindo, eles procuraram a direção do hospital uma semana depois para relatar essa coincidência, porque o estudante era a única pessoa diferente que frequentava a farmácia.
No dia 22 de agosto, o estudante foi ouvido pela direção e negou qualquer participação no sumiço dos remédios. Três dias depois a polícia disse que ele foi flagrado com medicamentos. Para a PF, o aluno alegou que pegou os medicamentos para um médico, mas ele negou.
O Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Rede Ebserh, informou em nota que o caso está sob investigação da Polícia Federal e, por isso, não irá se manifestar.
A Coordenação de Graduação da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/UFG) disse em nota que está ciente do ocorrido e afastou o aluno de suas atividades acadêmicas, além de acompanhar a apuração dos fatos.
“A Instituição não considera ético se pronunciar publicamente sobre uma situação ainda em investigação. Em momento adequado, após o caminhar do processo, a Universidade se manifestará sobre o caso. A UFG ressalta ainda que ações como essa são extremamente raras, pois todas as atividades desenvolvidas por acadêmicos no Hospital das Clínicas são monitoradas com muita atenção”, destaca a nota.
Fonte:G1