A estudante Annelise Lopes, que teve 60% do corpo queimado durante experimento na escola, fez a segunda cirurgia para enxerto de pele, em Goiânia. A mãe dela, Diolange Lopes, disse que a filha, de 16 anos, está se recuperando bem ao tratamento e que as duas esperam a evolução dela para conseguirem voltar para casa em breve, em Anápolis, a 55 km da capital.
A cirurgia foi feita na terça-feira (18). Os enxertos foram colocados nas costas e braços. “Está se recuperando bem, sente um pouco de dor, que é normal, porém está medicada e alimentando bem”, disse a mãe em uma rede social.
Annelise está internada há 50 dias, desde quando foi à escola para gravar um experimento para a aula de química e acabou se queimando após uma explosão com álcool. Desse total de dias, 24 foram na UTI.
No dia 11 deste mês, a adolescente fez a primeira cirurgia para colocação de enxerto de pele. O procedimento foi feito nas coxas e abdômen. No próximo dia 22 ela deve passar por uma nova avaliação para avaliar a necessidade de novas operações.
O acidente aconteceu em 30 de novembro de 2021. Annelise e mais três estudantes se reuniram em uma sala do Colégio Heli Alves, onde estuda, para fazer o experimento chamado de “fogo invisível”, segundo a mãe. A Polícia Civil investiga o caso.
Coordenador do colégio em que a explosão aconteceu, Marcos Gomes explicou, à época do acidente, que os alunos do 2º ano do ensino médio estavam com aulas remotas e pediram para ir à escola para gravar o experimento de física e química.
Segundo ele, os estudantes foram autorizados a usar uma sala para gravação, mas não avisaram que usariam álcool e nenhum professor ou monitor acompanhava a situação.
“Eles disseram que iriam gravar uma apresentação, mas não explicaram o que iriam fazer. Eles disseram que colocaram fogo ao álcool, mas que acharam que não tinha pego. Por isso, foram colocar mais [álcool] e houve essa explosão”, detalhou o coordenador.
De acordo com o coordenador, Annelise foi a única que se machucou. Ele disse que funcionários da escola ouviram os gritos e levaram a estudante para o chuveiro até a chegada dos bombeiros.
Fonte:G1