A coluna Fábia Oliveira, que está sempre atenta a tudo, descobriu em primeira mão detalhes do ataque sofrido por Natuza Nery. A apresentadora da GloboNews foi ameaçada por um homem enquanto fazia compras em um supermercado. O caso ganhou repercussão na última quarta-feira (1º/1).
Segundo testemunhas, ao ligar para o 190 para resolver a situação, Natuza não sabia que o rapaz se tratava de um policial civil. Ainda de acordo com os relatos, ele teria omitido a patente, além de mentir, dando um nome falso.
Foi então que Natuza Nery decidiu segui-lo até a saída da loja, a fim de conseguir alguma informação que pudesse identificá-lo com precisão, uma vez que a viatura da polícia militar demorou a atender o chamado feito por ela.
Arcenio Scribone Junior somente teve a verdadeira identidade revelada na delegacia, quando Natuza Nery decidiu prestar uma queixa formal. Nossa fonte explicou que Junior teve uma conversa rápida com o delegado, que esclareceu para a comunicadora como o caso seguiria dali pra frente.
Ao saber que Arcenio estava lotado na civil, Natuza teve receio por ela e pela família. Na ocasião, Scribone disse que Nery merecia ser “aniquilada”, uma vez que a emissora em que trabalhava seria responsável pela situação atual do Brasil.
Entenda o caso
De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pela colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, o agente, identificado como Arcenio Scribone Junior, teria se aproximado e questionado se ela era jornalista do canal do grupo Globo.
Chegando no caixa, Arcenio passou a xingar a comunicadora, atraindo olhares curiosos.
Segundo o documento, uma mulher que acompanhava Scribone pediu para cessar os ataques, alegando que Natuza Nery era apenas profissional. Porém, a Polícia Militar foi chamada para resolver a confusão.
No relato, Arcenio Scribone Junior afirmou que teria feito apenas uma crítica ao trabalho de Natuza Nery. Já no distrito, ele preferiu se manter em silêncio, alegando não ter cometido nenhum crime.
Por fim, o policial civil foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames de dosagem alcoólica/clínico de embriaguez, toxicológico e cautelar.
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota divulgada para a imprensa, que “diligências foram realizadas no supermercado em busca de imagens do ocorrido e de eventuais testemunhas”.
Apoio do ministro do STF
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes prestou apoio a Natuza Nery, depois de um episódio em um supermercado. A apresentadora da GloboNews denunciou o policial civil Arcenio Scribone Junior após receber uma ameaça.
“O ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal”, disse o político através das redes sociais.
Gilmar Mendes completou: “É de nossa manutenção na pauta civilizatória que estamos a tratar. As democracias dependem do jornalismo profissional; sem ele, não há liberdade de informação e, por conseguinte, liberdade de expressão.”
Fonte: Metropoles