Família tenta tratamento de R$ 650 mil nos EUA para bebê poder andar

Um casal de professores de Goiânia decidiu recorrer às redes sociais para tentar bancar um tratamento nos Estados Unidos que garanta que o filho caçula, um bebê de 2 meses com uma malformação óssea, possa aprender a andar. Sandra Pantaleão e Vitor Resende afirmam lutar contra o tempo, já que as cirurgias – orçadas em R$ 650 mil – devem começar quando Paulo Vitor tiver entre 1 ano e meio e 2 anos.

A hemimelia fibular bilateral foi descoberta na 24ª semana de gravidez e consiste na ausência da fíbula, osso longo e “fino” da perna. Ela é responsável pela estabilidade, postura e marcha correta. Sem o osso, a capacidade de andar fica comprometida.

Especialistas ainda não sabem dizer o que causa a hemimelia fibular. A incidência estimada é de é 40 mil em cada 1 milhão de crianças para casos unilaterais (uma perna). Ela é ainda mais rara quando bilateral (nas duas pernas).

“O médico explicou que na terceira ou quarta semana de gestação ocorre essa malformação. É que primeiro forma um osso só [composto pela tíbia e pela fíbula] e depois ele se divide em duas partes. Por algum motivo não aconteceu”, explica o pai.

Também por causa da malformação, Paulo Vitor tem apenas três dedos em cada pé e corre o risco de, no futuro, precisar amputar as perninhas. “Por causa disso, ele também pode ter problemas na coluna e no quadril. A cirurgia vai cortar um pedaço da tíbia, fazer a fíbula e reconstruir o tornozelo.”

O casal chegou a procurar tratamento no Brasil, mas todas as possibilidades pesquisadas eram paliativas ou não adequadas ao tamanho do bebê. Médicos consultados pela família apontaram então o Instituto Paley, na Flórida, como referência na área.

Até esta quarta-feira, R$ 8,1 mil haviam sido arrecadados por meio de uma vaquinha online. A primeira consulta do bebê no Instituto Paley está prevista para 20 de julho, quando deve ser traçada a estratégia de tratamento de Paulo Vitor.

“Teremos orientações sobre alongamentos e fisioterapia para antes da cirurgia”, explica o pai.

”Temos ainda uma menininha de 5 anos, que tem muito amor por esse irmão. Ele é todo sorridente. A família se uniu mais ainda, todos cuidando. Temos esperança de que vamos conseguir.”

O pai diz sonhar com os dias em que vai poder jogar bola, soltar pipa, correr, brincar e andar de bicicleta com Paulo Vitor.

À TV Anhanguera, a mãe também disse ter expectativas para o futuro do filho. “Que esse sorriso que ele tem desde que nasceu nunca deixe de existir.”

Fonte: G1

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